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Para o PT, peça de TV sobre Kassab cumpriu objetivo
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
A despeito das críticas sobre
as propagandas de TV da campanha de Marta Suplicy, a equipe da petista avalia que as peças
publicitárias cumpriram seu
objetivo: "carimbar" Gilberto
Kassab (DEM) como um candidato "duas caras" e de "passado
obscuro".
Conforme a Folha apurou, o
objetivo dessas peças é repetir
o sucesso da estratégia vitoriosa do marqueteiro de Marta,
João Santana, em 2006, quando ele "colou" em Geraldo
Alckmin (PSDB), então adversário de Lula, a imagem de "privatista" (favorável à privatizações de estatais).
No final da tarde, a candidata
divulgou uma nota afirmando
repudiar "veementemente as
insinuações que alguns veículos têm feito a respeito do comercial" e ressaltando a "história de Marta, protagonista das
principais lutas em defesa dos
direitos da mulher e das liberdades individuais".
Reservadamente, no entanto, a discussão ontem no núcleo da campanha era sobre a
continuidade ou não da propaganda, que questiona, entre outras coisas, o estado civil do
atual prefeito de São Paulo.
Parte do grupo ligado diretamente à ex-prefeita defendia
que as peças fossem retiradas
do ar, pelo menos até a divulgassem das próximas pesquisas
de intenção de voto, quando,
então, eventuais resultados poderiam ser mensurados.
No PT paulistano, a única ala
radicalmente contrária à propaganda era a ligada ao deputado federal José Eduardo Cardozo, que nunca manteve relações estreitas com os chamados "martistas".
No limite
Para os martistas, o texto dos
comerciais chegou até o limite
da invasão de privacidade, mas
não transigiu a linha que separa
o embate político do pessoal.
Na análise desse grupo, Marta buscou apenas o voto do eleitor de Geraldo Alckmin
(PSDB). Derrotado no primeiro
turno, ele falou sobre valores
familiares em certos momentos da campanha, sobretudo na
fase final.
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