FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O ministro da Saúde, José Serra, disse ontem em Recife que a denúncia sobre de um caixa-dois na campanha pela reeleição do presidente Fernando Henrique foi feita com base em "documentos de autenticidade não comprovada".
Segundo o ministro, as planilhas eletrônicas da campanha de FHC continham informações que poderiam ter sido alteradas "com várias inclusões e anotações". Ele não disse quem estaria interessado em fazer modificações.
Serra, amigo pessoal de FHC, disse que o custo da campanha foi "menor que o registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)". Foram registrados R$ 43 milhões, mas planilhas eletrônicas obtidas pela Folha revelam que pelo menos R$ 10,120 milhões em doações não foram declarados.
"Não havia motivos para esconder recursos", declarou Serra, para quem as denúncias não afetam o governo federal e o presidente.
O vice-presidente Marco Maciel, que acompanhava Serra, não quis comentar. "O ex-ministro Bresser Pereira já deu os esclarecimentos pertinentes", disse.
Bresser, presidente do comitê financeiro da campanha de 1998, disse ter jogado fora as planilhas.


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