FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PT decidiu entrar com força na disputa pelos rumos da economia no segundo governo Lula, com a criação de uma espécie de conselho de economistas que contará com críticos da política do Banco Central.
Os pais da idéia são o presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, e o senador Aloizio Mercadante, que tenta ressurgir como referência econômica no partido após ser atingido pelo dossiegate.
Ambos reivindicam o rótulo de "desenvolvimentistas", um termo genericamente associado a políticas que privilegiem o crescimento em contraposição à prioridade dada à inflação.
Seria a ressurreição do grupo que existiu dos anos 80 até 2002, quando da ascensão de Palocci, que atropelou o debate econômico no PT. A criação do conselho será debatida pelo diretório nacional do PT em reunião no fim do mês. Para Garcia, "é uma lástima que o grupo não tenha continuado a se reunir nos últimos anos."
Segundo Mercadante, "é preciso agregar intelectuais, economistas, professores que não estão com espaço para participar".
Mercadante diz que não haverá pré-condição para participação. "O Palocci, com a experiência que teve, está totalmente habilitado."
A composição do grupo ainda não está definida. Deve incluir professores, ex-ministros e economistas de fora do partido.


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