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Diretor da Abin quer ser avisado de buscas da PF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O diretor-geral interino
da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Wilson
Trezza, afirmou ontem
que o "ideal seria que fôssemos avisados com antecedência" sobre a operação de busca e apreensão
da PF em prédios do órgão. A PF fez a ação na semana passada no inquérito que investiga vazamento de informações da Operação Satiagraha.
"Quando um órgão de
inteligência passa a ser alvo de busca e apreensão há
uma surpresa", afirmou o
diretor-geral.
O ministro-chefe do GSI
(Gabinete de Segurança
Institucional), general
Jorge Felix, se reuniu ontem com os servidores da
Abin. "Conversamos sobre
últimos episódios e esclarecemos algumas coisas de
interesse do conjunto dos
nossos servidores", afirmou Trezza.
Felix disse que fez uma
consulta informal à AGU
(Advocacia Geral da
União) sobre as apreensões "porque o tema estava no âmbito da Justiça.
Mas, como o juiz já havia
decidido, negociamos com
o Ministério da Justiça",
disse o general, referindo-se ao acordo para uma
equipe da Abin acompanhar a perícia nos computadores apreendidos durante as investigações da
Polícia Federal.
O presidente da Asbin
(Associação dos Servidores da Agência Brasileira
de Inteligência), Nery
Kluwe, afirmou ontem
que pretende interpelar
judicialmente Felix para
saber o que o general falou
sobre vazamentos de informações durante a reunião de ontem com os funcionários.
Kluwe disse que tem a
informação de que, durante o encontro, o general
responsabilizou servidores da Abin.
Felix evitou comentários sobre a declaração de
Kluwe. "É um direito e
uma decisão dele. Qualquer cidadão pode questionar a minha atuação como ministro", afirmou o
general.
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