São Paulo, sábado, 14 de novembro de 2009 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Dia de fúria
Confrontados com a irritação exibida por Dilma
Rousseff em entrevista coletiva anteontem sobre o
apagão, aliados envolvidos na preparação da campanha avaliam que, se a ministra já mudou muito em alguns aspectos, aceitando delegar a maioria das tarefas
de governo para mergulhar na agenda de candidata,
ainda tem dificuldades de outra natureza. Sacou? Um governista resume a diferença entre Dilma Rousseff (Casa Civil) e Edison Lobão (Minas e Energia) no enfrentamento do apagão: "Ela entende do assunto, mas não se controla. Ele se controla, mas não entende". Dúvida. Quem conhece os sinais de Lula diz que o presidente não se sente seguro com Lobão à frente do caso. Rubro-verde. O PV criou comissão para negociar aliança com o PSOL de Heloísa Helena (AL), que ontem manifestou apoio à candidatura de Marina Silva (AC). "Vamos viabilizar uma forma de estarmos juntos. Além da amizade, essa declaração vale pela intenção de voto", diz Marina. Trio. Um assessor palaciano resume o perfil da delegação brasileira que irá à cúpula do clima em Copenhague: uma articuladora (Dilma), um negociador (Celso Amorim) e um agitador (Carlos Minc). É guerra. O site oficial do governo de Mato Grosso traz um artigo intitulado "Governo José Serra continua lesando o Brasil". Assinado pelo secretário estadual da Fazenda, Éder Moraes, o texto acusa o presidenciável tucano de fazer "vista grossa" à prática de grande lojas de departamento que, estabelecidas em outros Estados, faturam produtos em SP via internet. Lembrete. O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), é apoiador de primeira hora da candidatura de Dilma. Missão. Jilmar Tatto (PT-SP) foi o escolhido para liderar o bloco governista na CPI do MST. Será relator ou presidente da comissão. O outro cargo ficará com o PMDB. Castigo. O deputado Devanir Ribeiro (SP) defende que o PT adote medida disciplinar contra o senador Paulo Paim (RS), autor de projetos pró-aposentados que vêm tirando o sono do governo pelo potencial de dano às contas públicas. "Ele não tinha o direito de causar embaraço tão grande. Tinha pelo menos de discutir antes com o partido." Quebra essa. Faltando pouco mais de uma semana para a visita de Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil, o Itamaraty enviou ontem ao Congresso um pedido para que o presidente iraniano seja recebido nas Casas. O sinal verde ainda não é dado como certo. Data e local. O acordo entre Brasil e Estados Unidos para que a Embraer venda cem aviões Supertucanos aos americanos deve ser fechado na primeira semana de dezembro em Washington. Rural 1. O TCU determinou nesta semana que a Anara (Associação Nacional de Apoio à Reforma Agrária), ligada ao MLST de Bruno Maranhão, devolva R$ 2,2 milhões aos cofres públicos. Maranhão ganhou notoriedade ao liderar, em 2006, a invasão da Câmara dos Deputados. Rural 2. O tribunal apontou "falhas graves" na prestação de contas da ONG relativa a repasses realizados pelo Incra entre 2005 e 2006. A ligação da entidade com a invasão do Congresso foi detectada pela Procuradoria do Ministério Público no TCU. com SÍLVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER Tiroteio Serra ignorou o resultado da eleição interna e colocou na reitoria da USP um ex-assessor de seu secretário Aloysio Nunes Ferreira. E depois dizem que o PT aparelha. Do deputado CARLOS ZARATTINI (PT-SP), sobre o fato de o governador ter escolhido o segundo colocado, João Grandino Rodas. Contraponto Teoria conspiratória
Oriundo do setor elétrico, Delcídio Amaral (PT-MS) fez
na quarta-feira um discurso para tratar de questões técnicas relativas ao apagão da véspera. Em dado momento, o
senador mencionou o Erac (Esquema de Rejeição e Alívio
de Carga), sistema de proteção existente nas usinas. |
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