São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

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Empresa disse ao PT que não era concessionária

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pivô da rejeição de parte das contas do presidente Lula, a aduaneira Deicmar afirmou mais de uma vez, aos advogados do PT, que não era concessionária de serviços públicos.
A recusa da área técnica do TSE às doações de R$ 10 milhões por parte de sete empresas não surpreendeu o PT. O partido havia consultado as empresas e pedido que elas enviassem ofícios certificando não possuir títulos públicos. No entanto, logo após o primeiro laudo do TSE, o surgimento da Deicmar, a oitava dessa lista, gerou preocupação na sigla.
Os advogados do PT procuraram a empresa para esclarecimentos. Conforme documentos obtidos pela Folha, o departamento jurídico da Deicmar ratificou sua posição por escrito ao partido, rechaçando ser concessionária de serviço público.
O advogado do PT, Márcio Silva, encaminhou cópia desse ofício diretamente ao relator das contas, ministro Gerardo Grossi, que, entretanto, não se convenceu e se ateve aos dados da análise.
Na semana passada, Márcio Silva chegou a afirmar que, se fosse confirmado que se tratava de uma concessionária, teria sido um erro do partido a captação desses recursos. Ontem, ele disse que foi "preciosismo" ter citado a Deicmar e que a doação era ínfima diante de um montante de 50 mil lançamentos contábeis.
Apesar da rejeição, o advogado do PT foi categórico ao analisar o risco de enfrentar denúncia do Ministério Público: "A chance de acontecer alguma coisa é nenhuma". (SN)


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