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Empresa disse ao PT que não era concessionária
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pivô da rejeição de parte
das contas do presidente
Lula, a aduaneira Deicmar
afirmou mais de uma vez,
aos advogados do PT, que
não era concessionária de
serviços públicos.
A recusa da área técnica
do TSE às doações de R$
10 milhões por parte de sete empresas não surpreendeu o PT. O partido havia
consultado as empresas e
pedido que elas enviassem
ofícios certificando não
possuir títulos públicos.
No entanto, logo após o
primeiro laudo do TSE, o
surgimento da Deicmar, a
oitava dessa lista, gerou
preocupação na sigla.
Os advogados do PT
procuraram a empresa para esclarecimentos. Conforme documentos obtidos pela Folha, o departamento jurídico da Deicmar ratificou sua posição
por escrito ao partido, rechaçando ser concessionária de serviço público.
O advogado do PT, Márcio Silva, encaminhou cópia desse ofício diretamente ao relator das contas, ministro Gerardo
Grossi, que, entretanto,
não se convenceu e se ateve aos dados da análise.
Na semana passada,
Márcio Silva chegou a afirmar que, se fosse confirmado que se tratava de
uma concessionária, teria
sido um erro do partido a
captação desses recursos.
Ontem, ele disse que foi
"preciosismo" ter citado a
Deicmar e que a doação
era ínfima diante de um
montante de 50 mil lançamentos contábeis.
Apesar da rejeição, o advogado do PT foi categórico ao analisar o risco de
enfrentar denúncia do Ministério Público: "A chance de acontecer alguma
coisa é nenhuma".
(SN)
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