São Paulo, sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

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CPI aprova convocação de delator do mensalão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI da Corrupção da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou ontem a convocação de Durval Barbosa, pivô das denúncias sobre mensalão do DEM e ex-secretário do governador José Roberto Arruda (ex-DEM).
Na primeira sessão da CPI, dominada por aliados de Arruda, os deputados não discutiram a convocação do governador e dos deputados flagrados em vídeos recebendo dinheiro.
Apesar da convocação de Barbosa ter sido unânime, a CPI não definiu data para o depoimento. A tendência é que ele seja ouvido por último.
O deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), relator da CPI e ex-secretário de Arruda, disse que a decisão sobre a data do depoimento será tomada até a próxima semana, mas adiantou ser mais "vantajoso" trazê-lo à CPI após ouvir os acusados.
"Não precisaria gastar tempo ouvindo Durval sendo que o inquérito conta com 20 depoimentos dele", disse Ribeiro.
A oposição, com um único deputado entre os cinco integrantes, quer que Barbosa seja o primeiro da lista. "Qualquer outra coisa é manobra", afirmou Paulo Tadeu (PT).
A pedido de Tadeu, foram convocados empresários citados no caso, entre eles um representante da construtora do vice-governador Paulo Octávio (DEM). Antes de Barbosa, a CPI quer falar com o relator do inquérito no Superior Tribunal de Justiça, Fernando Gonçalves, em férias até fevereiro.
A convocação de Arruda não foi discutida, embora o relator afirme que o nome dele chegou a entrar na lista inicial. A CPI pediu a cópia do inquérito no STJ e dos contratos do governo com as empresas investigadas.
A tropa de choque de Arruda mudou até o nome da comissão, que será chamada de CPI da Codeplan, numa amostra de que o foco será a estatal, comandada por Barbosa no governo de Joaquim Roriz -inimigo político de Arruda.
O Tribunal de Justiça do DF se declarou incompetente para julgar o pedido de afastamento do deputado Leonardo Prudente (sem partido), que colocou dinheiro na meia, o que será analisado em outra ação. (FILIPE COUTINHO e LARISSA GUIMARÃES)


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