São Paulo, segunda-feira, 15 de março de 2010

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Entre petistas, Palocci gera desconfiança

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Antonio Palocci manteve seu prestígio com o presidente Lula, mas ainda é tratado com desconfiança por petistas e por integrantes da área econômica do governo.
Alijados do Ministério da Fazenda em seu período de governo, economistas do PT têm questionado, reservadamente, qual Palocci estará na campanha de Dilma. "O Palocci do passado ou um novo Palocci, disposto a trabalhar com os acertos desta segunda fase do governo ou de olho no passado?", indaga um deles.
Na avaliação desse grupo, Palocci ficou refém dos "economistas liberais" que levara para o Ministério da Fazenda -referência a Joaquim Levy e Marcos Lisboa- e fez uma administração focada na inflação e no arrocho fiscal, sem preocupação com políticas voltadas para o crescimento econômico.
O ex-ministro, que nos bastidores foi criticado pelo próprio chefe por conta dos juros altos, usa em sua defesa o argumento de que dividir o governo em duas etapas é "subestimar o presidente Lula".
Em conversas reservadas, Palocci desabafa: "Você acha que fiz algo sem falar com o presidente? Claro que, de vez em quando, tínhamos divergências sobre a dose, mas ele apoiava a política".
Palocci reconhece, porém, que houve momentos em que o presidente cobrou que a dose de juros estava exagerada e sacrificando o crescimento.


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