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Entre petistas, Palocci gera desconfiança
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Antonio Palocci manteve seu prestígio com o presidente Lula, mas ainda é
tratado com desconfiança
por petistas e por integrantes da área econômica
do governo.
Alijados do Ministério
da Fazenda em seu período de governo, economistas do PT têm questionado, reservadamente, qual
Palocci estará na campanha de Dilma. "O Palocci
do passado ou um novo
Palocci, disposto a trabalhar com os acertos desta
segunda fase do governo
ou de olho no passado?",
indaga um deles.
Na avaliação desse grupo, Palocci ficou refém dos
"economistas liberais"
que levara para o Ministério da Fazenda -referência a Joaquim Levy e Marcos Lisboa- e fez uma administração focada na inflação e no arrocho fiscal,
sem preocupação com políticas voltadas para o
crescimento econômico.
O ex-ministro, que nos
bastidores foi criticado pelo próprio chefe por conta
dos juros altos, usa em sua
defesa o argumento de que
dividir o governo em duas
etapas é "subestimar o
presidente Lula".
Em conversas reservadas, Palocci desabafa: "Você acha que fiz algo sem falar com o presidente? Claro que, de vez em quando,
tínhamos divergências sobre a dose, mas ele apoiava
a política".
Palocci reconhece, porém, que houve momentos
em que o presidente cobrou que a dose de juros
estava exagerada e sacrificando o crescimento.
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