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Índio joga água em deputado em audiência
Lula Marques/Folha Imagem
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Congressistas contêm o índio Gecinaldo Sateré Mauá, que jogou água no deputado Jair Bolsonaro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Terminou em gritos, empurrões e troca de insultos
uma audiência pública realizada ontem na Câmara para
debater a situação da reserva
indígena Raposa/Serra do
Sol, em litígio por causa da
homologação feita pelo governo, questionada pelo Estado de Roraima. A ação ainda será julgada pelo Supremo Tribunal Federal.
O ex-militar e deputado
Jair Bolsonaro (PP-RJ), com
o dedo em riste, atacou o ministro Tarso Genro (Justiça),
chamando-o de "mentiroso e
terrorista". Minutos antes,
Tarso havia classificado os
atos de arrozeiros na reserva
como "terroristas". Na semana passada, rizicultores atacaram indígenas, o que resultou em nove feridos.
Segundo Bolsonaro, o ministro "sabe bem o que é terrorismo, pois ele teve de fugir durante a ditadura militar para o Uruguai". "Boa coisa
ele não deve ter feito."
"Ele achou que ainda estava na ditadura militar", respondeu o ministro.
Após a fala de Bolsonaro, o
índio Jecinaldo Sateré Maué,
da coordenação das organizações indígenas da Amazônia, que acompanhava a sessão, jogou água no deputado
-que não se molhou. "Joguei água porque não tinha
uma flecha", disse Sateré.
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