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PFL
Bornhausen vai abrir sigilo bancário e fiscal
MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA
O senador Jorge Bornhausen,
presidente do PFL, vai abrir seu
sigilo bancário e fiscal na próxima
segunda-feira.
Ele tomou a decisão depois de
ser questionado por jornalistas
sobre a possibilidade de ter enviado dinheiro ao exterior por meio
de contas CC-5. A Polícia Federal
investiga um esquema de remessa
ilegal de dinheiro por esse instrumento bancário. A PF não se manifesta oficialmente sobre o caso.
Bornhausen diz que nunca foi
intimado a prestar esclarecimento à PF ou ao Ministério Público.
Ele reagiu com indignação ao fato
de informações de que estaria incluído no inquérito circularem
em Brasília.
"É o maior absurdo, é um crime. Só pode ser uma armação.
Nunca fiz uma única transferência na vida ao exterior."
Bornhausen diz que vai mostrar
extratos bancários e sua declaração de Imposto de Renda onde
estão registradas duas contas que
tem no exterior, ambas no Banco
do Brasil. Numa delas, em Nova
York, o saldo é de US$ 7.000. Na
outra, em Lisboa, estão depositados 4.000 euros. O dinheiro, segundo ele, foi depositado pelo Itamaraty quando era embaixador.
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