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São Paulo, domingo, 15 de junho de 2003

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Perseguidos estavam na "lista negra" da USP

DA REPORTAGEM LOCAL

A maioria dos professores e alunos incluídos na operação Tarrafa já havia sido citada na "lista negra" da Universidade de São Paulo -relação de pessoas acusadas de subversão que foi encaminhada ao governo militar em 64 e que provocou uma onda de expurgos e de aposentadorias antecipadas.
A caça às bruxas na instituição foi revelada pela Folha em julho de 1964, em uma reportagem intitulada "Dedo-duro na USP".
Com o movimento de 1964, o então reitor Gama e Silva nomeou uma comissão especial para investigar atividades subversivas ou marxistas dentro da universidade. Com a edição do Ato Institucional nš 1, as pessoas citadas na lista foram expulsas da USP.
As faculdades de Filosofia e de Medicina foram as mais atingidas. Entre os intelectuais visados pela operação Tarrafa estavam na "lista negra" Luiz Hildebrando Pereira da Silva, Júlio Pudles (morto) e Erney Plessmann Camargo, os líderes estudantis Fuad Daher Saad e Eduardo Manzano e o então chefe do setor de Genética Humana, Pedro Henrique Saldanha. A mesma "lista negra" da USP incluiu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, então professor da universidade.


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