DA REPORTAGEM LOCAL

No domingo que vem a Biblioteca Folha traz outro dos grandes clássicos literários dos anos 80. O terceiro título da coleção será a breve novela "O Amante", de Marguerite Duras.
O livro, publicado em 1984, tem poucos elos de ligação com "O Nome da Rosa". Mas os dois títulos possuem em comum o fato de terem transformado seus autores em fenômenos de venda mundial.
Se Eco era um estreante na ficção, Duras já tinha uma longa trajetória no universo narrativo quando lançou este romance, que lhe valeu o Prêmio Goncourt.
Uma parte do tema central de "O Amante", por exemplo, já estava em seu livro de estréia, "Uma Barragem contra o Pacífico", de 1950. Nos dois trabalhos, Duras (1916-96) fala de sua infância na Indochina, em uma família quebrada economicamente.
Mas é em "O Amante" que ela entra em detalhes sobre a relação que teve, aos 15 anos, em Saigon, com um amante chinês dez anos mais velho, relação estimulada por sua mãe.
A obra, adaptada ao cinema por Jean-Jacques Annaud (o mesmo de "O Nome da Rosa), vendeu no ano do lançamento, só na França, 2,6 milhões de cópias. (CEM)


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