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São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 2003

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Cristovam deve voltar ao Senado e votar reformas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Educação, Cristovam Buarque, se colocou à disposição do governo para voltar ao Senado a fim de ajudar nas votações das reformas da Previdência e tributária e abriu no PT a temporada de discussão sobre a reforma ministerial, em princípio prevista para o final do ano.
O gesto fez crescer os rumores, dentro dos círculos petistas, de que Cristovam reassumiria a cadeira no Senado para ajudar o líder Aloizio Mercadante (SP) na votação e aprovação das reformas, mas não voltaria ao governo. O Planalto estaria incomodado com as frequentes reclamações do ministro por não ter seus pedidos atendidos pela área econômica.
Um dos projetos de Cristovam, aumentar o Fundef (fundo para o ensino fundamental), por exemplo, está parado no Ministério da Fazenda. O ministro, por meio de sua assessoria, disse que tem uma "agenda positiva" a cumprir no governo Lula e que não é sua intenção deixar de vez a pasta.
A disposição de voltar ao Senado foi manifestada por Cristovam em duas ocasiões, uma a Lula e outra ao deputado Luiz Carlos Sigmaringa Seixas (PT-DF).
A intenção de Cristovam seria ir ao Senado e voltar ao ministério. Mas o que se diz no PT é que ele deve dar início às mudanças no governo. A informação também foi passada a dirigentes do PMDB.
Amigos do ministro atribuem as especulações à "ciumeira" por Cristovam ter sido o terceiro ministro de melhor desempenho em uma pesquisa interna do PT.
Antes de mudar o governo, é dado como certo que Lula enxugará a área social. O presidente resiste à idéia de antecipar a mudança para atender o PMDB.
Uma hipótese é o remanejamento de Ciro Gomes da Integração Nacional para o Planejamento. Guido Mantega iria para uma assessoria especial de Lula no Planalto. O Ministério da Educação, se Cristovam for mesmo para o Senado, continuaria com o PT.
Pelo menos dois outros ministros são citados, no PT, como candidatos a perder os cargos: Benedita da Silva (Assistência Social) e Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia). (RAYMUNDO COSTA)


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