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Telefonemas ligam família a bancos no exterior
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério Público do Estado
de São Paulo identificou a realização de ligações dos telefones do
ex-prefeito Paulo Maluf e de familiares dele que ligam o grupo a
instituições financeiras no exterior e servem de indícios do depósito de US$ 200 milhões da família
em Jersey, um paraíso fiscal no canal da Mancha, conforme a Folha
revelou em 10 de junho.
Trata-se de levantamento parcial, feito pela Promotoria da Cidadania, que serve de subsídio ao
pedido de quebra de sigilo fiscal
de Maluf e seis familiares dele. O
pedido foi feito ao juiz Maurício
Lemos Porto Alves, que ainda não
decidiu sobre o assunto.
Foram identificadas 15 ligações
dos telefones de Lígia Luttfala
Maluf, feitas entre 26 de abril de
1994 e 1º de março de 1996, para o
Citibank de Genebra. Ao todo,
elas somam 332 minutos (pouco
mais de cinco horas e meia).
Dos telefones de Flávio Maluf,
foram identificadas seis ligações
para o escritório de advocacia suíço Schellenberg Wittmer, que, segundo a polícia de Jersey, representa Maluf na tentativa de desbloquear o dinheiro na ilha.
Três ligações foram feitas em 10
de junho de 2001, um domingo,
dia em que a Folha revelou a existência das movimentações financeiras ilegais. As duas primeiras ligações têm um minuto e a terceira, dez minutos. Outras três ligações foram feitas em 29 de novembro de 1999, logo após autoridades de Jersey iniciarem investigações sobre as movimentações
da família. As seis ligações somam
70 minutos de conversação.
Também foram feitas quatro ligações dos telefones de Flávio
Maluf para o HBK Investiments
Advisory S.A., um escritório de
consultoria de Genebra especializado em administração de bens,
apontado como "agente fiduciário da família Maluf" pelo jornal
suíço "Les Temps". Ao todo as ligações têm 41 minutos.
Dos telefones fixos pertencentes
ao ex-prefeito, houve uma ligação
de 30 minutos para a agência de
Nova York do Banco Econômico
e uma de 24 minutos para o Banco Safra de Genebra.
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