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Tumulto marca sessão de
CPI contra Yeda
Sindicalistas invadiram sala onde base aliada concedia entrevista para criticar a presidente da comissão
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O impasse entre aliados da
governadora do Rio Grande do
Sul, Yeda Crusius (PSDB), e sua
oposição resultou em confusão
ontem, na Assembleia Legislativa. Houve um tumulto entre
sindicalistas contrários à tucana e deputados governistas.
Para pressionar deputados
da base a comparecer às sessões da CPI que investiga a tucana, deputados de oposição
exibiram gravações feitas pela
Polícia Federal de telefonemas
em que aliados de Yeda aparecem supostamente negociando
recebimento de propina.
Enquanto a oposição apresentava as gravações numa sessão esvaziada, os deputados da
base de Yeda convocaram uma
entrevista coletiva para criticar
a presidente da CPI, Stela Farias (PT). Um grupo de sindicalistas, integrantes do movimento "Fora, Yeda", invadiu a
sala e houve tumulto. Quando
deixaram o local, seguranças
passaram a vigiar a sala.
A maioria das conversas telefônicas são de outubro de 2007,
dias antes de a PF deflagrar a
Operação Rodin. Os áudios integram a ação civil pública movida pelo MPF (Ministério Público Federal) contra Yeda e
outras oito pessoas.
Os deputados da base aliada
se ausentaram das três últimas
sessões para não dar quorum à
votação dos requerimentos para a convocação de pessoas.
Segundo a base, as provas
apresentadas até agora "não
têm valor legal" porque não foram aprovadas pelo plenário
antes de serem requeridas pela
presidente da comissão.
Os aliados de Yeda, que ocupam 8 das 12 vagas da CPI, dizem que só voltarão às sessões
depois que Stela se comprometer a submeter ao plenário a votação de um plano de trabalho.
A petista vê obstrução. "Não
vamos ficar na pauta daqueles
que não querem investigar."
Quatro dias após a Assembleia iniciar a tramitação de seu
pedido de impeachment, a governadora esteve na Casa para
entregar o projeto de lei orçamentário do ano que vem.
Ao anunciar o orçamento,
que prevê investimentos diretos e de estatais de R$ 2,8 bilhões (crescimento de 21% em
relação a 2008), Yeda exaltou o
equilíbrio das contas públicas,
sua principal bandeira.
A governadora não falou sobre o pedido de impeachment,
que começa a tramitar hoje.
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