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PT SOB SUSPEITA
Prefeito de Catanduva nega suposta intimidação por seguranças
Publicitário diz ter sido ameaçado
ROBERTO COSSO
DA REPORTAGEM LOCAL
O publicitário Pedro Lyrio, 51,
registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Seccional de Polícia de Catanduva (SP) acusando o
prefeito da cidade, Félix Sahão Júnior (PT), de tê-lo ameaçado.
Lyrio trabalha na empresa UP
Propaganda e Marketing S/C
Ltda., de propriedade de sua mulher, Laede Lia de Moraes. A UP
deteve a conta de publicidade da
Prefeitura de Catanduva (a 385
km de São Paulo) por três anos.
Na edição de domingo, a Folha
publicou entrevista com Lia na
qual ela afirma que a Prefeitura de
Catanduva pagou panfletos e faixas para a campanha de Rui Falcão (PT) a deputado federal em
1998. O material teria custado R$
17.900, de acordo com documentos apreendidos na casa de Lia.
Félix confirma ter apoiado Falcão para deputado federal em
1998, mas nega veementemente
ter utilizado dinheiro público para custear material de campanha.
Falcão também nega a acusação
de Lia.
Em 2 de outubro, quando o prefeito já havia sido ouvido pela Folha sobre as acusações de Lia, Félix encontrou-se com Lyrio no
Mercado Municipal de Catanduva. O publicitário carregava seu filho de oito meses no colo.
Segundo a versão relatada por
Lyrio à polícia, "ao passar ao lado,
o prefeito, intencionalmente, com
o movimento do ombro direito,
deu-lhe um forte "tranco" no ombro direito, o que fez com que se
desequilibrasse, quase derrubando a criança".
Em seguida, o publicitário teria
sido ameaçado pelos seguranças
do prefeito. "É bom a gente conhecer a sua cara; você está marcado", teria sido um dos seguranças, segundo a versão de Lyrio.
Outro lado
O prefeito de Catanduva, Félix
Sahão Júnior, negou que seus seguranças tivessem ameaçado o
publicitário Pedro Lyrio e afirmou que irá processá-lo.
Félix diz que estava conversando com as pessoas no Mercado
Municipal de Catanduva, acompanhado de sua irmã Beth Sahão,
que seria eleita deputada estadual
quatro dias depois.
O prefeito relata que alguém esbarrou nele e, quando ele se virou
para ver quem era e pedir desculpas, percebeu tratar-se de Lyrio.
"Ele começou a gesticular, e os
meus seguranças o afastaram de
mim", disse o prefeito, que afirma
ter sido vítima de uma "armação"
com supostos objetivos político-eleitorais.
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