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LEGISLATIVO
Novo relator da CPI das ONGs diz que não investigará MST
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
O senador Inácio Arruda
(PC do B-CE) reassumiu ontem a relatoria da CPI das
ONGs anunciando que pretende encerrar os trabalhos
da comissão em um mês e sinalizou que não pretende investigar os patrocínios governamentais para entidades ligadas ao MST.
"Uma coisa é a luta pela reforma agrária e outra é o programa do governo federal e a
parceria com entidades que
têm relações com o MST.
Agora, há as grandes propriedades que são de grileiros. E
quanto a isso, não fazem contestações", disse Arruda.
Para a oposição, com o encerramento da comissão em
novembro será impossível
fazer qualquer nova investigação sobre dinheiro enviado a essas entidades ligadas
aos sem-terra. Os governistas defendem um fim rápido
para a CPI, que se arrasta
desde outubro de 2007.
Arruda tomou posse no lugar de Arthur Virgílio
(PSDB-AM), graças ao acordo firmado entre a base governista e a oposição que garantiu a instalação de outra
CPI, a da Petrobras.
A oposição abriu mão da
relatoria e o governo permitiu que a CPI da Petrobras
começasse a funcionar. Apesar de o acordo ter sido firmado em agosto, os governistas se articularam ontem
para Arruda reassumir o
posto temendo que a oposição usasse a CPI para investigar os sem-terra.
No período que Virgílio esteve como relator foram quebrados os sigilos fiscal e bancário de pelo menos duas entidades não governamentais
ligadas ao MST.
Ontem, o presidente do
Supremo Tribunal Federal,
Gilmar Mendes, defendeu
que denúncias de que dinheiro público é utilizado
para financiar atos ilícitos
sejam investigadas pelo Ministério Público.
"De fato tem que se tomar
cuidado para não financiar
qualquer movimento, de
qualquer índole, que possa
praticar ilícitos", afirmou.
Questionado sobre a criação de uma CPI, ele disse que
cabe ao Congresso decidir.
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