DA REDAÇÃO

Juscelino Kubitschek (1902-1976), do PSD, foi o último presidente eleito diretamente a transmitir o cargo a um sucessor também escolhido em pleito direto.
Eleito em 3 de outubro de 1955 pelo PSD, Juscelino enfrentou forte reação da UDN, que procurava impedir sua posse com o apoio velado do então presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz, que ocupava interinamente o Executivo, e do presidente da República, Café Filho, afastado por motivo de doença.
No dia 11 de novembro, um golpe militar liderado pelo general Henrique Lott depôs Luz. No mesmo dia, o Congresso aprovou o impeachment do deputado, substituído pelo então presidente do Senado, Nereu Ramos.
No dia 21, Café Filho, dizendo-se recuperado, tentou voltar ao cargo. Nesse mesmo dia, o Congresso aprovou seu impeachment, mantendo Nereu no posto. Em 31 de janeiro de 1956, JK finalmente tomou posse.
Seu governo foi marcado por uma elevada taxa de crescimento do PIB e um razoável grau de estabilidade política. Em 31 de janeiro de 1961, ele transmitiu a Presidência em Brasília para Jânio Quadros, eleito em 3 de outubro de 1960. Apesar da posse tranquila, o governo de Jânio foi muito instável e terminou com sua renúncia, em 25 de agosto.
O primeiro presidente eleito diretamente depois de Jânio foi Fernando Collor de Mello, em 1989. Também não chegou a passar o posto a um sucessor eleito nas mesmas condições. Afastado pela Câmara em 29 de setembro de 1992, renunciou em 29 de dezembro. Coube a Itamar Franco, que foi vice de Collor, transmitir o cargo a Fernando Henrique Cardoso, em 1995.


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