São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 2002

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Opinião do PT sobre ilha mudou desde 84

DA REDAÇÃO

O PT e seus principais dirigentes mudaram de opinião com relação a Cuba e ao ditador Fidel Castro, nas últimas duas décadas. Em 1984, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou o país caribenho pela primeira vez. Passou uma semana em Cuba e conheceu várias cidades.
Na viagem, Lula teve quatro encontros com Fidel e fez elogios a projetos de saúde e educação do governo cubano. "Aqui, a democracia existe de verdade, porque o povo tem ampla participação", disse na época.
Naquele ano, o PT aprovou documento em que pregava prioridade na relação com o país e outros "movimentos de libertação latino-americanos".
Em 1991, o partido já adotava uma posição um pouco mais crítica e defendeu, em manifesto, "reformas democráticas" em Cuba.
Em outubro de 1998, em resposta a elogios de Fidel ao presidente Fernando Henrique Cardoso durante reunião da 8ª Cúpula Ibero-Americana, Lula disse: "O modelo democrático de Cuba não é o modelo democrático que eu quero. Eu acho que é preciso que não tenha partido único, é preciso direito de greve".
Em 2000, Lula passou dois dias na cidade balneária de Varadero e quatro na capital, Havana, onde foi recebido por Fidel para uma conversa e um banquete.
O petista foi um chamativo ao concurso "Vá a Cuba com Lula", promovido para angariar fundos para a campanha de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo.
Na viagem, Lula disse que Fidel era um "exemplo de ética". Mas procurou se distanciar do regime cubano: "Fidel, Cuba não é modelo para o Brasil, assim como os Estados Unidos também não são. O Brasil criará seu próprio modelo".



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