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Opinião do PT sobre ilha mudou desde 84
DA REDAÇÃO
O PT e seus principais dirigentes mudaram de opinião com relação a Cuba e ao ditador Fidel
Castro, nas últimas duas décadas.
Em 1984, o presidente eleito, Luiz
Inácio Lula da Silva, visitou o país
caribenho pela primeira vez. Passou uma semana em Cuba e conheceu várias cidades.
Na viagem, Lula teve quatro encontros com Fidel e fez elogios a
projetos de saúde e educação do
governo cubano. "Aqui, a democracia existe de verdade, porque o
povo tem ampla participação",
disse na época.
Naquele ano, o PT aprovou documento em que pregava prioridade na relação com o país e outros "movimentos de libertação
latino-americanos".
Em 1991, o partido já adotava
uma posição um pouco mais crítica e defendeu, em manifesto, "reformas democráticas" em Cuba.
Em outubro de 1998, em resposta a elogios de Fidel ao presidente
Fernando Henrique Cardoso durante reunião da 8ª Cúpula Ibero-Americana, Lula disse: "O modelo democrático de Cuba não é o
modelo democrático que eu quero. Eu acho que é preciso que não
tenha partido único, é preciso direito de greve".
Em 2000, Lula passou dois dias
na cidade balneária de Varadero e
quatro na capital, Havana, onde
foi recebido por Fidel para uma
conversa e um banquete.
O petista foi um chamativo ao
concurso "Vá a Cuba com Lula",
promovido para angariar fundos
para a campanha de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo.
Na viagem, Lula disse que Fidel
era um "exemplo de ética". Mas
procurou se distanciar do regime
cubano: "Fidel, Cuba não é modelo para o Brasil, assim como os Estados Unidos também não são. O
Brasil criará seu próprio modelo".
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