São Paulo, segunda-feira, 15 de novembro de 2004 |
Próximo Texto | Índice
PAINEL Vaso comunicante Com sua base aliada no Congresso em frangalhos, Lula retomou o contato com o PSDB não-paulista. Por meio do PT não-paulista dos irmãos Jorge e Tião Viana, que conversaram com o senador tucano Tasso Jereissati (CE) na semana passada. Viés de baixa Cotado para mudar de pasta, Ricardo Berzoini (Trabalho) já esteve melhor no governo. Foi debitada da conta do ministro a crise com as centrais sindicais que abandonaram o Fórum Nacional do Trabalho. Das grandes, só ficou a CUT. Palavra rachada Além da portaria que acabou com a cobrança de contribuições, motivo oficial da saída das centrais, Força Sindical, CGT e SDS se queixam de que Berzoini descumpriu um acordo e colocou pessoas hostis a elas em postos-chave do ministério. Barricada Enquanto Lula procura data para a demissão de Carlos Lessa do BNDES, setores da esquerda, do empresariado e de movimentos populares tentam organizar a resistência. Para eles, o Planalto mais uma vez será testado no seu compromisso com o desenvolvimento produtivo. Psicodrama No longo processo de eleições diretas de seus novos dirigentes, o PT debaterá a política de alianças. A idéia é evitar casos como o de Fortaleza, onde Luizianne Lins, a despeito do apoio da cúpula ao candidato do PC do B, foi eleita no segundo turno. Infiltrado Logo após a reunião do PMDB em que foi um dos mais ardorosos defensores da ruptura do partido com o governo federal, Germano Rigotto foi visto entrando no Palácio do Planalto. Tabelinha Nova parceria no clube dos governadores: Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Blairo Maggi (PPS-MT). Aproximaram-se na comitiva de Lula à China. E desde então se entendem muito bem. Cruzada Londrina (PR) abrigará nos dias 4 e 5 de dezembro, o 4º Encontro Nacional de Fé e Política. Comunidades eclesiais cobrarão Lula com o tema "utopias da fé, realidades da política". Dinheiro extra Além da liberdade para remanejar 17% das verbas de seu Orçamento neste ano, o governador Geraldo Alckmin arrecadou até agora R$ 2,5 bi a mais do que o previsto na peça, valor que representa quase 40% da verba destinada para investimentos. Série histórica A diferença dilata a margem de manobra do governo, já que só investimentos em saúde e educação, 43% do total, são obrigatórios. São Paulo soma desde 1998 R$ 19,4 bi em excedentes. "São peças subestimadas, cheques em branco", diz Cândido Vaccarezza (PT). Outro lado O Palácio dos Bandeirantes reconhece que o Orçamento é "comedido", mas afirma que o erro seria superestimar a arrecadação e depois não cumprir compromissos assumidos, como fez a prefeitura petista de São Paulo neste ano. A última que morre Com o PT paulistano azucrinando a vida de Eduardo Suplicy, cresce entre os tucanos a esperança de ficar com a cadeira paulista do Senado em 2006. O nome da vez agora é Gabriel Chalita, secretário da Educação que já teria o apoio do Palácio dos Bandeirantes para a vaga. Lado do balcão Eleito em Vitória, João Coser desceu do palanque. Após passar a campanha prometendo elevar de 25% para 35% do Orçamento a verba de educação, o petista pediu aos vereadores que recusassem projeto nesse sentido apresentado à Câmara. TIROTEIO Do deputado federal tucano Alberto Goldman (SP), sobre a atual paralisia do Legislativo: -Neste governo, não há quem comande, quem resolva os conflitos. E a Câmara perdeu seu papel de elaboração legislativa porque o Planalto age de maneira autoritária. CONTRAPONTO Celebridades
No evento em que o governo
federal anunciou a isenção de
contribuições federais para editoras, livrarias e distribuidoras
de livros, na quinta-feira passada, apenas um microfone foi
providenciado para a mesa que
acomodou as autoridades. |
|