São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

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PAINEL

No ventilador
João Paulo Cunha e dois dos petistas cotados para substituí-lo na presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia e Professor Luizinho, estão estimulando como podem a cizânia entre os demais interessados no posto.

Abaixo o imperialismo
O primeiro aposta na confusão porque ainda não desistiu completamente de se reeleger. Os outros dois porque acreditam ter mais chances do que os colegas. Os três são de São Paulo, o que ajuda a alimentar a ira dos demais presidenciáveis.

12 trabalhos
Ao apresentar o seu compêndio sobre a CPI do Banestado, o deputado José Mentor obteve um único elogio. Veio do também petista Eduardo Valverde, que se declarou impressionado com o esforço "hérculeo" -e proparoxítono- do relator.

Na própria pele
Cada vez mais receoso de que o Orçamento não seja aprovado este ano, o deputado Paulo Bernardo (PT) lembra aos colegas empenhados em retardar os trabalhos que, se o governo entrar em 2005 sem a peça orçamentária, nem o auxílio-moradia dos parlamentares poderá ser pago.

Ilusão de ótica
Ao entrar no Piantella segunda à noite, José Carlos Aleluia encontrou, reunida para jantar, a tropa de choque do PMDB governista. Descrição do líder do PFL: "A mesa era redonda, mas o Sarney estava na cabeceira".

Mudança de plano 1
Subiu no telhado a indicação do deputado José Pimentel (PT-CE) para ministro do TCU. Osmar Serraglio (PMDB-PR) deverá ficar com a vaga, vitalícia.

Mudança de plano 2
Serraglio tem o apoio de José Dirceu. Agradecido, acionaria sua base de prefeitos no Paraná para trabalhar pela candidatura de Zeca Dirceu, filho do ministro, a deputado federal em 2006.

Café-com-leite 1
Luiz Arnaldo Pereira, secretário-adjunto de Planejamento do governo de Aécio Neves, trocará Minas Gerais por São Paulo para ser o número dois da pasta da Gestão Pública de José Serra.

Café-com leite 2
Comentário bem-humorado de Aécio, que já havia cedido ao colega tucano o futuro titular das Finanças de São Paulo, Mauro Ricardo Costa: "Espero que agora estejam encerradas as contribuições de Minas ao sucesso da administração Serra".

Tamanho do prejuízo
O Palácio dos Bandeirantes estima em R$ 4,7 mi as perdas da Cesp por conta do leilão promovido pelo governo federal, que diminuiu o valor das tarifas recebidas pelas geradoras.

Fazer o quê
Se o pedido de socorro apresentado por Geraldo Alckmin ao BNDES não vingar, o governador enviará à Assembléia nos próximos dias nova solicitação de rolagem da dívida da energética paulista, na casa de R$ 1 bi.

Direção do vento
A despeito da espuma feita por aliados e adversários, soldados de Alckmin estão convencidos de que elegerão Edson Aparecido presidente da Assembléia.

Fazendo escola
Zeca do PT chamou seu colega de partido Pedro Teruel de "Suplicy pantaneiro". O deputado não se conforma com o veto do governador de Mato Grosso do Sul a lei de sua autoria que acaba com a taxa mínima de telefone, água, energia e TV a cabo.

Fim de festa
Enviada ao Espírito Santo após uma onda de atentados a ônibus, a Força Nacional de Segurança apreendeu 84 papelotes de cocaína durante um baile funk em Vitória. Numa rinha de galos, recolheu 12 esporas de fibra e 14 bicos de metal.

TIROTEIO

Do senador Cristovam Buarque (PT-DF), descartando a possibilidade de concorrer à Presidência em 2006:
-Não serei eu, mas torço para que haja um candidato à esquerda de Lula, com um discurso responsável na economia. Caso contrário, será uma eleição como a de Bush x Kerry.

CONTRAPONTO

Fator de desempate

Vereadores paulistanos enfrentaram um time de jornalistas e funcionários da Câmara no sábado passado em jogo beneficente no estádio do Pacaembu.
O primeiro tempo da partida foi bastante disputado, mas, na segunda etapa, com o ex-craque do Palmeiras Ademir da Guia, eleito pelo PC do B, em campo, os vereadores arrasaram.
No vestiário, os parlamentares travavam debate acalorado sobre as razões de sua vitória.
-Também, com dois bispos em campo, tínhamos que ganhar-, disse um deles, em referência aos integrantes da bancada evangélica da Câmara.
O petista Odilon Guedes, que se despede da Casa, corrigiu:
-Tudo bem. Mas a vitória foi mesmo obra do Divino.
Divino era o apelido de Ademir da Guia nos anos 60 e 70, quando reinava no Palmeiras.


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