São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Lágrimas e mais lágrimas

Ao vivo nos canais de notícias e canais abertos menores, depois também nos telejornais, Lula chorou, Dilma Rousseff também, no momento em que ele foi diplomado presidente e disse que o povo escolheu "sem intermediários", sem "formadores de opinião". Um dia antes, Heloísa Helena também chorou nos telejornais e vídeos da web -e Romeu Tuma com ela.
É o fim do ano, mas também o fim de quatro anos que fecham com manchetes quase unânimes, ontem dos portais aos telejornais, "JN" à frente, sobre os parlamentares que decidiram "dobrar seus salários".

MUITO BOM PARA O MERCADO
Nas avaliações sem fim do ciclo eleitoral na América Latina, ontem foi a vez de Will Landers, que gerencia o fundo da Merrill Lynch. Ele diz ao "FT" que "as maiores forças agora agem em favor de políticas moderadas amplamente favoráveis aos investidores". E "o exemplo mais importante é a administração do presidente Lula no Brasil", que detém mais da metade do mercado de capitais:
- O primeiro mandato de Lula foi muito bom da perspectiva do mercado. Ele manteve a disciplina fiscal.
Em tempo, Landers vê espaço para cortar mais os juros.

BRASIL VS. ÍNDIA
No editorial "Cooperação funciona melhor do que competição", o indiano "Financial Express" trata das "audaciosas incursões corporativas" dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), citando os casos de Vale e CSN, esta em plena disputa com a indiana Tata:
- Não é surpresa que as empresas BRIC entrem em conflito para assegurar bens em todo o mundo. Mas também é verdade que as economias BRIC estão cooperando.
Cita a "aliança Índia-Brasil-África do Sul" e defende o caminho da "coopetição" em vez da "competição aberta".
De todo modo, segundo o site do "Wall Street Journal", a Tata negocia com a Fiat para produzir caminhões na Argentina -e vender ao Brasil.

BRASIL VS. CHINA
No título do "Financial Times", "China e Brasil se preparam para queda-de-braço sobre os preços globais" de ferro. Pela primeira vez, no ano que termina, foi a China que comandou as negociações pelos produtores de aço, não mais o Japão. Usou "mão pesada" para conter preços dos fornecedores, Brasil à frente, mas acabou "capitulando".
Desta vez será "diferente", dizem os chineses. A Baosteel quer diminuição de 5% a 10% nos preços. A Vale quer alta de 10% a 25%. A aposta dos analistas é de elevação de 10%.
Do despacho da agência estatal chinesa Xinhua, ontem, "escandalizada com o aumento massivo de 19% no último ano, a China espera níveis mais aceitáveis para 2007".

latimes.com/Reprodução
No "LA Times", "Fim sombrio para uma busca por amor"; depois, "Raymond deu dinheiro, presentes e afeto à sua namorada, e autoridades dizem que ele pagou com a vida"

"LOVE AND DEATH IN BRAZIL"
Hollywood ganhou "sinal verde" para lançar, em dias, nova produção com o Brasil mal na fita, "Alpha Dog". É sobre Jesse James Hollywood, que fugiu para cá acusado de homicídio na Califórnia. Desta vez é com Bruce Willis.
E o "Los Angeles Times" agora dá na capa outra história que promete roteiro, na longa reportagem "Americano encontra amor e morte no Brasil". Ele se apaixonou por uma brasileira pela internet e terminou assassinado e sem dezenas de milhares de dólares, em São José dos Campos.

* O colunista estará de férias a partir de amanhã

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@ - Nelson de Sá


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