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Garibaldi promete mais dinheiro para o RN
Recém-empossado na presidência do Senado, peemedebista disse que irá "influenciar mais" no direcionamento de verbas federais
Senador afirma que esse tipo de influência é "uma coisa muito natural" e
que obras em seu Estado têm importância nacional
JOHANNA NUBLAT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O novo presidente do Senado
Federal, Garibaldi Alves Filho
(PMDB-RN), empossado há
três dias no cargo, prometeu
ontem a seus conterrâneos utilizar o recém-adquirido poder
para "influenciar mais" no direcionamento de verbas federais para obras em seu Estado.
"Agora com essa possibilidade de, lutando como senador,
[vamos] ter mais força e presença na vida política do país,
podemos influenciar mais nas
decisões sobre o aeroporto de
São Gonçalo [do Amarante], sobre as promessas da Petrobras", disse em seu programa
diário de rádio, veiculado por
emissoras do Rio Grande do
Norte e disponível em sua página pessoal na internet.
À Folha Garibaldi disse que
esse tipo de influência é "uma
coisa muito natural" e que as
obras abraçadas têm importância nacional. "É uma coisa muito natural querer ajudar o Estado. Naturalmente não vou fazer uma coisa de "forçar a barra", não quero colocar uma obra
que não tenha viabilidade econômica. Essa obra do aeroporto não pode ser vista apenas como uma obra local, seria um
grande aeroporto distribuidor
de cargas para o Brasil inteiro."
O senador disse que a influência maior será possível
pela proximidade com o Executivo. "É uma questão da proximidade, a articulação se torna mais fácil, porque são obras
que representam um investimento grande", disse.
O investimento no aeroporto
é da ordem de R$ 300 milhões,
de acordo com o secretário de
planejamento do Estado, Vagner Araújo. Garibaldi calcula
que ainda sejam necessários
cerca de R$ 500 milhões.
A primeira parte da obra, que
tem previsão de ser concluída
em agosto, já tem R$ 100 milhões garantidos em recursos
do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), segundo
o secretário.
No caso das "promessas da
Petrobras", o senador se referia
à possibilidade de construção
de um pólo Gás-Químico no
Rio Grande do Norte, ainda em
estudo pela empresa.
As duas iniciativas foram
classificadas por Garibaldi como "as obras mais importantes
para o desenvolvimento do
Estado".
O próprio secretário acredita
na possibilidade de Garibaldi,
alçado à presidência do Senado, ajudar nas liberações.
"Na medida em que um representante do nosso Estado
ocupa um cargo importante no
Senado é claro que poderá ajudar na garantia de recursos para o Estado, agilizando a execução dos processos", disse.
Araújo afirmou ainda acreditar que a nova posição de Garibaldi pode colocar o Rio Grande do Norte no grupo de Estados do Nordeste mais agraciado com verbas federais.
"Nos últimos anos, a decisão
de investimentos no Nordeste
prevaleceu no Ceará, na Bahia
e em Pernambuco, por conta
da representatividade política
dos Estados no cenário nacional. E os outros Estados nada",
afirmou Araújo.
Ele, no entanto, disse esperar que o caminho de Garibaldi
não seja o de "tráfico de influência". "Mas sim pelo poder
legítimo que ele tem."
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