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São Paulo, domingo, 16 de fevereiro de 2003

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PAINEL


Prazo de candidato
Geraldo Alckmin (SP) pediu ao seus secretários que apresentem um plano de metas para as suas respectivas pastas. Detalhe: com validade para três anos. O governador tucano quer entrar em 2006, ano da eleição presidencial, com seu portfólio cheio.

Paulista mineiro
Opção do PSDB para a sucessão de Lula, Alckmin jamais trata do tema em público. Mas sua ação política, desde a reeleição, é toda direcionada para 2006. Em novembro, por exemplo, ao saber que o PFL se reuniria no DF, foi até lá só para agradecer pessoalmente o apoio recebido em SP. Era o dia do seu aniversário.

Opinião pública
Presidente da Câmara, João Paulo (PT) deve fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e TV na próxima terça à noite. Pedirá aos parlamentares apoio para acelerar a agenda das reformas tributária, política, trabalhista e da Previdência.

Temperatura alta
A reabertura dos trabalhos no Senado, amanhã, deverá ser quente. São esperados discursos do líder tucano Arthur Virgílio e de Tasso Jereissati. Após a sessão, a bancada do PSDB terá a primeira reunião de trabalho.

Presente...
Germano Rigotto quer derrubar medida provisória que deu R$ 248 mi na gestão passada ao governo do RS em compensação à restauração de estradas federais. O problema é que o então governo do PT teria usado a verba para pagar salários.

...de grego
Rigotto (PMDB) diz que Olívio Dutra, hoje ministro de Lula, deixou 2.400 km de estradas esburacadas da União para que ele recupere, sem previsão de recurso. O governador teria herdado ainda dívida de R$ 88 mi com fornecedores em janeiro.

Recado claro
O movimento Por um Brasil Livre de Transgênicos pediu audiência a Lula, mas foi orientado a procurar Roberto Rodrigues (Agricultura). Detalhe: o ministro defende o uso de sementes modificadas geneticamente.

Nossa pátria, nossa língua
São Gabriel da Cachoeira (AM) aprovou lei que oficializa o uso de três línguas indígenas (Nheengatu, Tukano e Baniwa).

Tempo ocioso
Auditoria do TCU sobre profissionalização do presidiário em 2001 e 2002 mostra que 77% deles não estudavam, 7% estavam matriculados na alfabetização, 14% no ensino fundamental e apenas 2% no ensino médio. O analfabetismo é um grave entrave à profissionalização.

Pouca atenção
Apenas Minas e Acre conseguiram oferecer de dois a três cursos para um grupo de cem presos em 2001. Em SP, a profissionalização se aproximou de zero, diz a auditoria. A meta para 2002 e 2003 previa a formação de 4.000 presos no Estado.

Atração turística
Marta enviou uma série de convites a personalidades paulistas para o desfile das escolas de samba no camarote da Prefeitura de SP. No convite, diz que Lula poderá estar lá.

Marketing pessoal
Em meio às suspeitas de que está por trás de um grampo ilegal contra adversários, ACM tem aparecido em horário nobre na TV da BA para dizer que já foi julgado pela população e que o Estado é a razão de sua vida.

Boa notícia
Blairo Maggi (PPS-MT) implantou uma escola indígena em Barra do Garça fora das reservas indígenas do Estado. A instalação da escola Mário Juruna foi saudada pelos grupos que apóiam a causa indígena.

Apoio de adversário
Dias antes da reunião de governadores com Lula, Cássio Cunha Lima (PSDB) diz a sua posição sobre a reforma da Previdência: "Perdemos a eleição, mas não vamos perder a coerência. Não vou ser contra o que defendia há seis meses. Mudou o governo, não as nossas teses".

TIROTEIO

De Paulinho, presidente da Força Sindical, sobre a situação do país e o início da gestão Lula:
-Acho que nós ainda vamos ter saudades de 2002.

CONTRAPONTO

O sabor da fama

Na caravana da fome, quando Lula levou seus ministros ao Nordeste e ao Norte de Minas para que vissem de perto a miséria, a comitiva foi tratada pela população local como pop star.
Em todas as cidades visitadas, Lula e o ministro-compositor Gilberto Gil eram, naturalmente, os mais assediados.
As pessoas queriam seus autógrafos, uma fotografia e até mesmo beijos. Mas os demais ministros também foram recebidos calorosamente.
Em certo momento, uma menina, com papel e caneta na mão, correu em direção a Antonio Palocci Filho (Fazenda). Um assessor que acompanhava a cena junto ao ministro não perdoou e disparou:
- Palocci, você nunca esperava dar um autógrafo, hein?
O ministro respondeu, rindo:
- É bom aproveitar enquanto a popularidade está alta. Depois, a gente nunca sabe...


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