São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

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MEMÓRIA

Colunista atuou na imprensa paulista e carioca

Morreu o jornalista político Newton Rodrigues, aos 85, no Rio de Janeiro

DA SUCURSAL DO RIO

O jornalista Newton Rodrigues morreu aos 85 anos no último dia 3, no Rio de Janeiro, de insuficiência respiratória. Ele sofria de enfisema pulmonar e foi enterrado no cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul da cidade.
Rodrigues foi diretor e editor na primeira revista "Senhor" e redator-chefe e editorialista do "Correio da Manhã", em meados da década de 1960. Entre 1976 e 1991, foi colunista da Folha, sendo responsável pela coluna "Rio de Janeiro", na página 2 do jornal, hoje ocupada pelo jornalista Carlos Heitor Cony, de sábado à quinta, e por Nelson Motta, às sextas.
Rodrigues também foi colunista dos jornais "O Estado de S. Paulo", de 1991 a 1994, da "Gazeta Mercantil" e do "Jornal do Brasil", onde escreveu até o ano passado.
Em 1986, lançou pela editora Guanabara o livro "Brasil Provisório (de Jânio a Sarney)", uma coletânea de artigos publicados na revista "Senhor" e nos jornais "Correio da Manhã", "Tribuna da Imprensa" e na Folha.
Nascido em 1919, Rodrigues era formado em história pela Faculdade Nacional de Filosofia da antiga Universidade do Brasil, atual UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Iniciou a carreira jornalística em 1944, trabalhando em diversas publicações cariocas, entre as quais a revista "Diretrizes".
Membro do então Partido Comunista do Brasil, que depois se tornaria o Partido Comunista Brasileiro, escreveu para a "Voz Operária". Ele fez parte do grupo de intelectuais que deixou o partido durante a crise de 1956 e 1957, aberta com as revelações do relatório secreto de Nikita Kruschev no 20º Congresso do Partido Comunista da então União Soviética. O documento relatava os crimes e "desvios" cometidos pelo ditador Josef Stálin (1879-1953).
Casado com Lygia Freire, tinha quatro filhos: João Carlos Rodrigues, Marcia de Almeida, Antônio José Rodrigues e Mônica Rodrigues.


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