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MEMÓRIA
Colunista atuou na imprensa paulista e carioca
Morreu o jornalista político Newton Rodrigues, aos 85, no Rio de Janeiro
DA SUCURSAL DO RIO
O jornalista Newton Rodrigues
morreu aos 85 anos no último dia
3, no Rio de Janeiro, de insuficiência respiratória. Ele sofria de enfisema pulmonar e foi enterrado no
cemitério São João Batista, em
Botafogo, na zona sul da cidade.
Rodrigues foi diretor e editor na
primeira revista "Senhor" e redator-chefe e editorialista do "Correio da Manhã", em meados da
década de 1960. Entre 1976 e 1991,
foi colunista da Folha, sendo responsável pela coluna "Rio de Janeiro", na página 2 do jornal, hoje
ocupada pelo jornalista Carlos
Heitor Cony, de sábado à quinta,
e por Nelson Motta, às sextas.
Rodrigues também foi colunista
dos jornais "O Estado de S. Paulo", de 1991 a 1994, da "Gazeta
Mercantil" e do "Jornal do Brasil",
onde escreveu até o ano passado.
Em 1986, lançou pela editora
Guanabara o livro "Brasil Provisório (de Jânio a Sarney)", uma
coletânea de artigos publicados
na revista "Senhor" e nos jornais
"Correio da Manhã", "Tribuna da
Imprensa" e na Folha.
Nascido em 1919, Rodrigues era
formado em história pela Faculdade Nacional de Filosofia da antiga Universidade do Brasil, atual
UFRJ (Universidade Federal do
Rio de Janeiro).
Iniciou a carreira jornalística
em 1944, trabalhando em diversas
publicações cariocas, entre as
quais a revista "Diretrizes".
Membro do então Partido Comunista do Brasil, que depois se
tornaria o Partido Comunista
Brasileiro, escreveu para a "Voz
Operária". Ele fez parte do grupo
de intelectuais que deixou o partido durante a crise de 1956 e 1957,
aberta com as revelações do relatório secreto de Nikita Kruschev
no 20º Congresso do Partido Comunista da então União Soviética.
O documento relatava os crimes e
"desvios" cometidos pelo ditador
Josef Stálin (1879-1953).
Casado com Lygia Freire, tinha
quatro filhos: João Carlos Rodrigues, Marcia de Almeida, Antônio José Rodrigues e Mônica Rodrigues.
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