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Distrito Federal atribui alto custo do Judiciário a obras
Justiça trabalhista da 14ª Região afirma que varas itinerantes elevam despesas
Segundo TRF da 2ª Região, critérios do levantamento do CNJ não são uniformes entre regiões, impedindo uma comparação fidedigna
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em nome da Justiça Estadual do Distrito Federal, o secretário-geral do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Álvaro Ciarlini, disse que o custo
por habitante nessa jurisdição,
o mais alto do país (R$ 416), se
deve a investimentos em um
conjunto de obras iniciadas recentemente por determinação
da lei de organização judiciária
e também devido à necessidade
de recuperar prédios que estavam em deterioração.
"Era previsível que esses números tivessem um impacto
nas despesas do tribunal", disse
o secretário-geral, para quem é
necessário acompanhar o comportamento das estatísticas por
um intervalo de tempo mais
amplo para avaliar a real influência das obras em curso sobre o indicador de custo da Justiça por habitante.
Ao falar sobre a Justiça trabalhista da 14ª Região, a presidente do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) que atende
Rondônia e Acre, desembargadora Maria Cesarineide de Souza Lima, disse que o tribunal
atende 68 localidades com varas itinerantes. Para isso, usam
barco, avião ou camionete. "Há
lugares em que o trabalho pode
ser feito só de avião. Em cinco
municípios, só se chega de
avião ou de barco. Se o juiz viajar de barco, leva oito dias."
O presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, desembargador Joaquim
Antônio Castro Aguiar, afirmou, por meio de assessoria de
imprensa, que os critérios do
levantamento do CNJ não são
uniformes entre as regiões. "Isso gera distorções e impede
uma comparação fidedigna."
O desembargador disse que é
preciso ponderar que o relatório do CNJ faz o cálculo relativo
dos gastos estabelecendo uma
relação entre o montante das
despesas e a população de cada
região. "A Justiça Federal da 3ª
Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul) tem uma estrutura
similar à da 2ª Região, mas tem
uma população mais de duas
vezes maior", exemplificou.
O presidente do TRT da 16ª
Região, desembargador Gerson
de Oliveira, alega que o tribunal
é um dos mais "enxutos" do
país por manter estáveis as verbas orçamentárias ao longo dos
anos. A 16ª Região é a que menos consome recurso no ramo
trabalhista.
O diretor financeiro do Tribunal de Justiça do Maranhão,
Luiz Carlos Calvet, afirma que
existe um limitação orçamentária em função da própria limitação de orçamento do Estado. O Maranhão tem a Justiça
Estadual com o menor gasto
por habitante no país.
De acordo com Sílvio Ferreira, diretor-geral do TRF da 1ª
Região, o tribunal tem uma
"cultura de contenção de gastos". A 1ª Região é a jurisdição
federal que tem custos mais
baixos por pessoa.
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