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Na cúpula do Senado, outros 3 sofrem inquérito
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Três membros da Mesa Diretora do Senado -órgão que comanda os trabalhos na Casa-,
têm problemas na Justiça.
Marconi Perillo (PSDB-GO),
primeiro vice-presidente, Mão
Santa (PMDB-PI), terceiro-secretário, e Cícero de Lucena
(PSDB-PB), suplente de secretário, respondem a inquéritos
no Supremo Tribunal Federal.
A Mesa Diretora tem sete integrantes titulares e quatro suplentes de secretários. É ela
que define gastos como obras e
contratações de serviços.
Mão Santa é o que está mais
próximo de perder o mandato.
O caso está pronto para ir a julgamento. O relator, ministro
Carlos Ayres Britto, deu voto
favorável à denúncia. Ele é acusado por desvio de recursos públicos quando era governador
do Piauí (1995-2002).
Segundo denúncia, a Secretaria de Administração do Piauí
contratou, em 1998, cerca de
900 pessoas "como assessores
fantasmas". A maioria seria de
lideranças políticas que atuaram na reeleição de Mão Santa,
em 2002. Ele disse não se
"preocupar": "Minha vida é a
mais limpa que tem no país. Essa história é invenção do PT".
Marconi responde por corrupção passiva, prevaricação,
tráfico de influência, corrupção
ativa e abuso de autoridade,
que teriam sido cometidos
quando foi governador de
Goiás (1998-2006). Segundo
petição assinada pela subprocuradora Cláudia Sampaio
Marques, ele "participou de suposto esquema de corrupção e
pagamento de propina na liberação de créditos de empreiteiras com o Estado de Goiás, tendo os recursos (...) sido usados
para saldar dívidas da campanha". Questionado pela Folha,
Marconi disse ser inocente:
"Até agora, não tive a oportunidade de fazer a minha defesa.
Já reuni todos os elementos".
Lucena elegeu-se senador
em 2006, o que lhe deu direito
de ser processado no STF. Um
ano antes, ele havia sido preso
temporariamente pela PF por
conta da Operação Confraria.
Segundo denúncia do Ministério Público da Paraíba, Lucena
teria participado de um esquema de fraudes em licitações de
convênios para obras e serviços
de saneamento, urbanização e
infraestrutura quando era prefeito de João Pessoa (1997-2004). A Folha procurou o tucano, mas não obteve resposta.
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