São Paulo, quinta-feira, 16 de março de 2006 |
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PAINEL Só para começar Na tentativa de amansar o PFL, Geraldo Alckmin entregará ao partido, na transição para Claudio Lembo, duas secretarias suculentas do governo paulista: Habitação e Agricultura. Ambas de "porteira fechada". Nuvens carregadas Análise de pesquisa apresentada ontem à cúpula pefelista: "O tempo joga contra a coligação PSDB-PFL. Alckmin precisa dar sinais de vitalidade antes de a campanha começar para valer. Caso contrário será difícil reverter o cenário de favoritismo do presidente Lula nos 45 dias de campanha de rádio e televisão". Deixa estar No encontro que terá hoje com o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), Cesar Maia proporá que o partido só decida depois de 31 de março sobre a coligação com os tucanos. Até lá, o partido poderia fazer uma análise do quadro nos Estados. Feridas abertas De um pefelista insatisfeito com o desfecho da novela tucana: "Se o Alckmin pensa que vai se dar bem no PFL conversando com Tasso [Jereissati], Antonio Carlos [Magalhães] e [José] Agripino está muito enganado". Primeira hora Alckmin ligou para o senador Agripino (RN), líder nas apostas para vice em sua chapa, tão logo foi anunciado candidato. Dentes afiados O "PTbull" Ênio Tatto assumiu ontem a liderança de seu partido na Assembléia Legislativa paulista cobrando ajuda federal na pressão sobre o STF, que analisa ação contra o engavetamento em série de pedidos de CPI pela base pró-Alckmin. Dedo do Planalto Antes da virada de mesa da ala oposicionista do PMDB, que destituiu ontem o líder na Câmara, Wilson Santiago (PB), para evitar reunião da Executiva, o plano dos governistas incluía até levar o ministro Saraiva Felipe (Saúde) para votar e enterrar as prévias deste domingo. Pesos e medidas Desolado com o critério de pesos atribuídos aos Estados nas prévias do partido, José Sarney (PMDB-AP) comentava com aliados, dia desses: "Vejam só: um Quércia vale 18 Sarneys". Fim de caso Acabou o duradouro romance do PSDB com Antonio Palocci. Ontem, o líder tucano na Câmara, Jutahy Júnior, defendeu na tribuna a saída do ministro. O líder no Senado, Arthur Virgílio, ficou de fazer o mesmo. Contando até dez Por ora, a bancada do PT contém o ímpeto de esganar a oposição na CPI dos Bingos. É por julgar que parte dela votará contra o indiciamento de Palocci. Escondendo as cartas Diante do total silêncio de Duda Mendonça na CPI dos Correios, técnicos do Departamento de Recuperação de Ativos orientaram os parlamentares a evitar perguntas na sessão secreta. Para não ajudar a defesa. Os Sopranos Para um especialista em imagem, Duda não cuidou muito da própria em sua segunda passagem pela CPI. Chegou todo de preto e de óculos escuros. Para completar, carregava uma mala. Rei morto, rei posto Com a cassação do deputado mensaleiro Pedro Corrêa (PE) ontem, governistas e oposicionistas do partido passam agora a se engalfinhar pela disputa do cargo de líder do PP. A ala anti-Lula defende que o vice, Francisco Dornelles (RJ), assuma. A turma pró-Planalto quer a realização de novas eleições. Olha ele aí Severino Cavalcanti (PP-PE) percorreu a Câmara pedindo votos pela absolvição do amigo Pedro Corrêa (PP-PE). TIROTEIO Do relator-adjunto Eduardo Paes (PSDB-RJ) sobre Duda Mendonça, que não respondeu nem mesmo o nome da mulher e dos filhos no novo depoimento à CPI dos Correios: -Depois desse espetáculo patético, chega-se à conclusão de que Duda está tão sujo que passou a achar que absolutamente tudo pode incriminá-lo. CONTRAPONTO Se ficar o bicho come Assim como outros deputados
que renunciaram para escapar
da cassação, José Borba nunca
deixou de freqüentar a Câmara.
Ontem mesmo o ex-líder da
bancada do PMDB circulava pelos corredores da Casa. |
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