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QUESTÃO INDÍGENA
Discurso ocorre após ameaça de índio a ACM
Senadores questionam política de demarcação de territórios
da Sucursal de Brasília
Um dia após o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA), ter passado pelo constrangimento de ter uma flecha
apontada em sua direção pelo índio Henrique Iabaday, senadores
defenderam na sexta-feira a revisão das demarcações das terras
indígenas no país.
"A causa indígena neste país está a exigir reformulação", disse
Marluce Pinto (PMDB-RR). Segundo ela, há uma "insana política voltada quase que exclusivamente para a demarcação de
áreas, sem critérios mínimos justificáveis ou respeito aos cidadãos, sejam índios ou não".
A senadora reclamou de as terras indígenas ocuparem mais de
60% da área do seu Estado, sem
contar outras reservas identificadas pela Funai (Fundação Nacional do Índio) -que "insiste" em
demarcá-las, segundo ela.
"Nossos 350 mil índios, hoje,
ocupam 561 áreas indígenas espalhadas de norte a sul e totalizam
-pasmem Vossas Excelências-
95,8 milhões de hectares, o equivalente a 11,34% do território nacional", afirmou Marluce.
Moreira Mendes (PFL-RO)
concordou. "O nosso silvícola está sendo usado como instrumento, massa de manobra, para que
outros interesses, que não são os
interesses nacionais e do povo
brasileiro, possam prevalecer
com relação à Amazônia."
Para o senador, "há uma estratégia sendo arquitetada: o mundo
todo, a pretexto de defender uma
nação kosovar, no Kosovo, invadiu aquele minúsculo país, que
deve ter um quinto dessa reserva
indígena. Quem pode garantir, no
futuro, que, a título de preservar,
garantir e manter a nação ianomâmi, não virão aqui com esse espírito de querer ocupar parte da
nossa Amazônia?"
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