São Paulo, sexta-feira, 16 de abril de 2004

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PAINEL

Canto da paz
Impedidas pela segurança da Presidência de cantar para Lula na abertura da Bienal do Livro, as meninas do coral da Febem foram convidadas pelo próprio a se apresentar em sua próxima viagem oficial a São Paulo, no dia 26 de abril. Já toparam.

Suspeito de sempre
Conclusão bem-humorada sobre o episódio das estrelas vermelhas plantadas nos gramados do Alvorada e da Granja do Torto: na impossibilidade de culpar o mordomo, o governo escolherá o jardineiro.

Panela de pressão
Lançado em Brasília no dia 25 de março, o fórum das oposições vai recolher assinaturas em todas as capitais, a partir da próxima semana, para pedir a José Sarney que instale CPI sobre o caso Waldomiro. O grupo sonha com 1 milhão de autógrafos.

Aritmética da fisiologia
Para ficar numa boa com o Planalto, o PP pede o Ministério dos Esportes. Alega que a pasta está nas mãos de um partido (PC do B) com nove deputados, contra os 54 de sua bancada. Falta combinar com o PMDB, que tem maior poder de fogo e também está de olho no cargo.

Pote de mágoa
O PTB quase rompeu com o governo na noite de quarta. O presidente da sigla, Roberto Jefferson (RJ), segurou a onda, mas reclamou: "Nunca vi tratamento perverso e preconceituoso como o do PT a seus aliados".

Salada verde
Aldo Rebelo (Coordenação Política) e Ciro Gomes (Integração Nacional) foram enviados ao jantar com líderes da oposição no Senado na tentativa de aliviar as tensões na Casa.

Feijoada completa
José Agripino (PFL-RN) disse à dupla ministerial que a oposição dialogou com o Planalto nas reformas, mas que não "colaborará com atos libertinos".

Dinheiro virtual
Em resposta a críticas dos petistas Miguel Rossetto e José Genoino, o governo Alckmin sustenta que, dos R$ 29 milhões anunciados emergencialmente pelo governo federal em 2003 para a reforma agrária em São Paulo, apenas R$ 4 milhões chegaram até agora ao Estado.

Sala de espera
Do total repassado, 75% foram em Títulos da Dívida Agrária, alegam os tucanos. O convênio anual entre o Incra e o Estado ainda não foi renovado. "Fizemos o pedido em janeiro, e até agora nada. Querem nos enforcar", diz o secretário estadual da Justiça, Alexandre de Moraes.

Sem gritaria
Principal defensor da aliança com o PT na capital paulista, o presidente municipal do PMDB, Milton Leite, fez cara de conformado ao sair da reunião em que o partido bateu o martelo do pré-lançamento, amanhã, da candidatura de Michel Temer.

Cartas na mão
Temer, por sua vez, deixou o encontro demonstrando confiança na "união do partido". Não significa que Milton Leite tenha desistido de se entender com o PT. Nem que a ala pró-candidadura própria não possa mudar de idéia a depender da generosidade do Planalto.

Visitas à Folha
Jorge Paulo Lemann, diretor da Braco S.A, visitou ontem a Folha.
 
Edilson de Paula Oliveira, presidente da CUT-SP, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Julio Cesar Teixeira da Costa, da Cape Eventos, e Rosangela Ribeiro, da Printer Assessoria de Comunicação.
 
Marília Rocca, diretora-geral da Empreendedor Endeavor, e Tania Sztamfater, diretora de operações, visitaram ontem a Folha.

TIROTEIO

De Eduardo Graeff, secretário-geral da Presidência da República no governo FHC, sobre os canteiros vermelhos em forma de estrela do PT plantados nos jardins do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto:
-Como é que eu não pensei nisso? Já pensou que graça iria ficar o gramado com vários tucaninhos paisagísticos?

CONTRAPONTO

Troca de papéis

Durante seu governo, Fernando Henrique Cardoso foi alvo de mais de 200 processos, espalhados pelo país, por conta de decisões como a de privatizar o sistema de telecomunicações.
Na época, seus aliados propuseram a aprovação de uma lei que desse fórum especial a ex-governantes. Duramente criticada pelo PT, a proposta não vingou. Agora, voltou à pauta na reforma do Judiciário, em tramitação no Congresso.
Em sessão recente, Pedro Simon (PMDB-RS) provocou Arthur Virgílio (PSDB-AM), ex-líder de FHC. Lembrou que a lei já foi do interesse dos tucanos. O senador não perdeu a pose:
-Vou votar sem revanchismo, pois essa lei protege o Lula.
Aloizio Mercadante (PT-SP) respondeu que a aprovação ou não seria indiferente para o presidente. Virgílio emendou:
-Então espere um pouquinho que você vai ver!


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