São Paulo, segunda-feira, 16 de abril de 2007

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Tucanos não aceitam articular fim da reeleição

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Um jogo de empurra entre tucanos e governistas ameaça deixar sem patrocínio a emenda que põe fim à reeleição no país. Sob críticas e a acusação de casuísmo, tucanos não aceitam a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que assumam a paternidade da emenda.
Segundo a Folha apurou, Lula afirma que só encamparia a idéia com o aval dos governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves. Assumidamente contrário à reeleição, Serra já disse que não vai liderar a articulação, sob argumento de que tem de se dedicar ao governo.
Procurado pela Folha, Aécio -outro crítico da reeleição- não se manifestou. Para o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), Lula "se equivoca com essa fulanização". "Não tem nada a ver com Aécio, Serra ou ele", reagiu o líder, acrescentando: "Lula tem papel capital nisso. Sempre foi contra a reeleição. Está na hora de colocar isso na prática". Líder da minoria na Câmara, Júlio Redecker (PSDB-RS) afirma que "o governo é o principal interessado".
Hoje, Aécio recebe líderes tucanos num almoço. Na pauta, projetos de interesse de Minas. Mas o gesto é encarado como uma demarcação de espaço.
Aécio teria até autorizado o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) para o lançamento, em Londrina, do slogan "Aécio em 10", numa alusão a 2010. Seria em maio. Mas "deu tanto problema que é melhor adiar", disse Hauly.


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