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Tucanos não
aceitam articular
fim da reeleição
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Um jogo de empurra entre tucanos e governistas
ameaça deixar sem patrocínio a emenda que põe
fim à reeleição no país. Sob
críticas e a acusação de casuísmo, tucanos não aceitam a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva para que assumam a
paternidade da emenda.
Segundo a Folha apurou, Lula afirma que só
encamparia a idéia com o
aval dos governadores de
São Paulo, José Serra, e de
Minas, Aécio Neves. Assumidamente contrário à
reeleição, Serra já disse
que não vai liderar a articulação, sob argumento de
que tem de se dedicar ao
governo.
Procurado pela Folha,
Aécio -outro crítico da
reeleição- não se manifestou. Para o líder do
PSDB no Senado, Arthur
Virgílio Neto (AM), Lula
"se equivoca com essa fulanização". "Não tem nada
a ver com Aécio, Serra ou
ele", reagiu o líder, acrescentando: "Lula tem papel
capital nisso. Sempre foi
contra a reeleição. Está na
hora de colocar isso na
prática". Líder da minoria
na Câmara, Júlio Redecker (PSDB-RS) afirma que
"o governo é o principal
interessado".
Hoje, Aécio recebe líderes tucanos num almoço.
Na pauta, projetos de interesse de Minas. Mas o gesto é encarado como uma
demarcação de espaço.
Aécio teria até autorizado o deputado Luiz Carlos
Hauly (PSDB-PR) para o
lançamento, em Londrina,
do slogan "Aécio em 10",
numa alusão a 2010. Seria
em maio. Mas "deu tanto
problema que é melhor
adiar", disse Hauly.
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