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Presidente aceita congressistas em comissão
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Fernando Henrique Cardoso aceitou incluir representantes do Congresso na
"comissão do apagão" para esvaziar a CPI que a oposição quer instalar para investigar o caso.
Na manhã de ontem, FHC se
reuniu com os líderes peemedebistas no Senado, Renan Calheiros (AL), e na Câmara, Geddel
Vieira Lima (BA), que lhe apresentaram a proposta de incluir
congressistas no grupo que vai
administrar a crise energética.
Em público, Renan Calheiros
não descarta a constituição de
uma Comissão Especial de Investigação sobre o apagão.
"Se for legal, já está decidido",
teria dito FHC sobre a inclusão na
"comissão do apagão" do senador
José Alencar (PMDB-MG) e do
deputado Antônio Cambraia
(PSDB-CE), respectivamente presidentes das comissões de Infra-Estrutura do Senado e de Minas e
Energia da Câmara.
Os eventuais representantes
nem sabiam da negociação em
curso. "Acho que Executivo é
Executivo e Legislativo é Legislativo", declarou Cambraia. "Confesso que fiquei sabendo disso agora
e reconheço minha inadequação
para essa posição", disse Alencar.
Na conversa com os peemedebistas, FHC voltou a dizer que
desconhecia a gravidade da situação e as reais condições dos reservatórios. E ouviu de Renan mais
um conselho para esquecer a proposta de multar os consumidores
que ultrapassem eventuais níveis
de consumo pré-fixados.
O senador Paulo Hartung (PPS-ES) propôs -e conseguiu aprovar- a realização na próxima terça-feira de uma audiência pública
com a presença dos ministros Pedro Parente (Casa Civil) e José
Jorge (Minas e Energia), do diretor-geral da Agência Nacional de
Energia Elétrica, José Mário Abdo, e do presidente do Operador
Nacional de Sistema, Mário de
Melo Santos. "Vamos discutir o
caso e as saídas, certamente passando pelos responsáveis pela situação", afirmou Hartung. "O setor [elétrico" foi paralisado para a
equipe econômica fazer caixa ."
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