São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 2008

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Outro lado

Ouvidor diz não ter lido o levantamento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Procurado por dez dias por meio da assessoria do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, não comentou a confrontação realizada pela Unesp.
A primeira alegação é que Gercino ainda não teve acesso ao trabalho "concluído" pelo professor Bernardo Mançano Fernandes. A Folha sugeriu apresentar o documento pessoalmente.
A assessoria então alegou problemas de agenda, afirmando que o ouvidor não poderia receber a reportagem duas vezes - para a entrega do trabalho e depois para a entrevista.
Fernandes afirma que, além de manter um diálogo constante com a ouvidoria, entregou a ela todos os documentos também apresentados à Folha.
A reportagem tentou ouvir outra pessoa do ministério, mas também não conseguiu falar com o ministro Guilherme Cassel.
Criada em 1999 para prevenir e mediar conflitos no campo, a ouvidoria agrária na prática deveria ter autonomia. Mas a divulgação mensal de balanços não existe mais. Os dados de janeiro, por exemplo, somente foram divulgados na semana passada.
A ouvidoria também sonega dados detalhados de seus balanços. Não informa, por exemplo, os municípios nos quais ocorreram as invasões de terra.
Em 2004, a Folha encaminhou um ofício ao ministério com esse pedido, mas nunca teve resposta. No Congresso há requerimentos parados com pedidos de informações.


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