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Outro lado
Ouvidor diz não ter lido o levantamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Procurado por dez dias
por meio da assessoria do
Ministério do Desenvolvimento Agrário, o ouvidor
agrário nacional, Gercino
José da Silva Filho, não comentou a confrontação
realizada pela Unesp.
A primeira alegação é
que Gercino ainda não teve acesso ao trabalho
"concluído" pelo professor
Bernardo Mançano Fernandes. A Folha sugeriu
apresentar o documento
pessoalmente.
A assessoria então alegou problemas de agenda,
afirmando que o ouvidor
não poderia receber a reportagem duas vezes -
para a entrega do trabalho
e depois para a entrevista.
Fernandes afirma que,
além de manter um diálogo constante com a ouvidoria, entregou a ela todos
os documentos também
apresentados à Folha.
A reportagem tentou
ouvir outra pessoa do ministério, mas também não
conseguiu falar com o ministro Guilherme Cassel.
Criada em 1999 para
prevenir e mediar conflitos no campo, a ouvidoria
agrária na prática deveria
ter autonomia. Mas a divulgação mensal de balanços não existe mais. Os dados de janeiro, por exemplo, somente foram divulgados na semana passada.
A ouvidoria também sonega dados detalhados de
seus balanços. Não informa, por exemplo, os municípios nos quais ocorreram as invasões de terra.
Em 2004, a Folha encaminhou um ofício ao ministério com esse pedido,
mas nunca teve resposta.
No Congresso há requerimentos parados com pedidos de informações.
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