São Paulo, terça-feira, 16 de julho de 2002

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Depoimento de empresário será aberto

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

O depoimento do empresário Sérgio Gomes da Silva, acusado pelo Ministério Público de ser um dos mentores de uma suposta máfia da propina, encerrará hoje a primeira fase dos trabalhos da CPI de Santo André.
De acordo com seu advogado, Roberto Podval, o depoimento do empresário à CPI, marcado pelos vereadores para as 14h30, será aberto ao público e à imprensa, e buscará contestar a forma como o Ministério Público tem conduzido o caso. A ação do Ministério Público está sob sigilo.
"O meu cliente [Sérgio" apenas ficou sabendo que estava sendo acusado pelo Ministério Público por meio da imprensa, lendo notícias nos jornais. Eles [os promotores" não foram corretos. Tudo me pareceu como um anarquismo, uma coisa antidemocrática", disse Podval.

Dúvidas
Durante o depoimento de ontem, os vereadores demonstraram desconhecimento da lei de licitações. Questionaram o próprio depoente, o empresário Ronan Maria Pinto, sobre suas dúvidas, deixando o foco da comissão em segundo plano.
Os vereadores chegaram a tomar cinco minutos da CPI para questionar Ronan se ele sabia se uma mesma pessoa, sócia de duas empresas diferentes, poderia concorrer numa licitação duas vezes. Ronan disse que "não", depois de questionar seu advogado.
A partir de hoje, os vereadores vão impor uma trégua de pelo menos uma semana para analisar documentos das empresas de transporte coletivo da cidade.
A CPI, que entra em sua quarta semana, ainda tem um prazo de 35 dias para finalizar seus trabalhos e entregar um relatório final.
Até lá, os vereadores admitem promover acareações entre os depoentes, solicitar à Justiça as fitas gravadas pela Polícia Federal com conversas entre petistas e quebrar o sigilo bancário, fiscal e telefônico dos principais acusados.
Ontem, durante seu depoimento à CPI, Ronan se propôs a quebrar seu sigilo fiscal e bancário. (LA E EDS)


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