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CASO MAUÁ
PT teria coagido Peralta
Justiça quebra sigilo fiscal de empresário
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DO PAINEL
O juiz da 6ª Vara Criminal de
Mauá (Grande SP), Dirceu Brizola Geraldini, determinou ontem a
quebra do sigilo bancário e fiscal
de empresário Armando Jorge
Peralta que, em 2000, teria sido
coagido pela então administração
petista da cidade a financiar campanhas eleitorais do PT.
Empresário e partido negam
qualquer negociação de propina.
A acusação, segundo reportagem da Folha de 26 de junho, partiu do atual secretário da Habitação de Mauá, Altivo Ovando Júnior. Em fevereiro deste ano, ele
declarou ao Ministério Público ter
presenciado negociações, recolhido propina e repassado o valor a
dirigentes petistas.
À época do fato narrado, Altivo
era secretário da Habitação do ex-prefeito Oswaldo Dias (PT).
A quebra do sigilo judicial decretado ontem estende-se para
duas empresas que eram administradas por Peralta: Peralta Investimento e Brasterra Empreendimentos. À época, o grupo tinha
interesse na construção de um
shopping em Mauá -irmãos do
empresário assumiram o grupo.
Será devassado também o sigilo
de uma terceira empresa, a Flash
Comunicação, com a qual o PT
declara ter uma dívida de R$ 300
mil contraída durante a campanha de Marta Suplicy para o governo de São Paulo em 1998.
Segundo Altivo, a Flash, a pedido do PT, emitiu nota fria para
que Peralta justificasse a saída de
dinheiro da empresa. Altivo disse
que a propina negociada foi de
R$ 1,8 milhão, dividida em parcelas mensais de R$ 300 mil.
Além da campanha de Marta
para a Prefeitura de São Paulo, o
suposto dinheiro da propina, diz
Altivo, deveria financiar também
a reeleição de Oswaldo Dias.
Os petistas negam as acusações
e dizem que Altivo é inimigo político do PT na cidade. A Flash confirma ter prestado serviços ao PT,
mas nega ter emitido nota fria. Os
Peralta dizem que não houve cobrança ou pagamento de propina.
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