PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A candidatura ao Senado do vice-prefeito de Belo Horizonte, Ronaldo Vasconcellos (PV), pode ser adotada informalmente por petistas que se recusam a apoiar o ex-governador Newton Cardoso, do PMDB, sigla com a qual o PT mineiro se coligou. O grupo que defende isso é o do prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel.
Os petistas descontentes alegam que não se trata de fazer campanha contra Newton, pois acreditam que a aliança com o PMDB é muito importante, especialmente para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que intercedeu para que a aliança ocorresse em Minas.
A questão colocada pelos descontentes é o "constrangimento" e o "desconforto" em ter que fazer campanha para Newton, como disse Pimentel, um dos líderes do PT de Minas.
O candidato do PT ao governo de Minas, o ex-ministro Nilmário Miranda, tem feito todos os esforços para cumprir à risca o acordado com o PMDB. Ou seja, o candidato oficial do PT ao Senado é Newton -antigo desafeto do petismo mineiro, que por quatro vezes tentou o impeachment do então governador de Minas (1987-91).
Os aliados do prefeito de Belo Horizonte afirmam que vão esperar até agosto para se manifestar, mas desde já apontam a candidatura Vasconcellos como uma solução para o grupo.
"O vice-prefeito é leal e compromissado com a nossa gestão. Certamente ele terá muitos votos na base social petista. Não é fazer uma campanha contra ninguém, de forma nenhuma, mas não posso negar que há um constrangimento", disse Neusinha Santos, líder do prefeito na Câmara Municipal.
A reação de Newton e de Nilmário, que já fazem campanha juntos, tem sido insistir que com o tempo as diferenças serão postas de lado. É no que acredita também o presidente do PT-MG, Chico Simões.


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