da Agência Folha, em Belo Horizonte


O candidato do Prona à Presidência, Enéas Carneiro, disse ontem em Belo Horizonte que criará, se eleito, uma nova moeda, lastreada em um produto nacional, para substituir o real. "O real não tem nada de real, é uma fantasia, uma ficção. É uma das coisas mais cínicas que já apresentaram à população", disse ele, citando os minerais nióbio e quartzo como exemplo de riquezas possíveis de garantir o lastro.
Ele falou por cerca de 80 minutos (20 deles respondendo a perguntas) para platéia de prefeitos participantes do 15º Congresso Mineiro de Municípios.
As críticas à política econômica não ficaram restritas à moeda. Enéas disse também que vai "tomar de volta" todas as estatais importantes que foram privatizadas. Ele citou as siderúrgicas CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e Usiminas e dedicou a maior parte do tempo criticando a privatização da Companhia Vale do Rio Doce, a qual definiu de "assalto oficial, feito às claras com o aplauso da imprensa".



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