São Paulo, quarta-feira, 16 de agosto de 2000


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RIO DE JANEIRO
O aumento salarial de R$ 1.125, que já será pago em agosto, custará R$ 5 milhões aos cofres públicos
Deputados aprovam auxílio-moradia

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Rio aprovou ontem um auxílio-moradia que representará um acréscimo de R$ 1.125 nos salários dos deputados estaduais, hoje de R$ 6.000. O aumento já será incorporado aos vencimentos de agosto. Aprovada a chamada "parcela remuneratória", juízes, promotores e procuradores também terão direito ao aumento salarial, uma vez que seus rendimentos são ajustados de acordo com o critério de isonomia. A decisão não depende da sanção do governador.
Somados os gastos com parlamentares (70 deputados) e com o Judiciário (1.162 promotores e procuradores, além de 1.110 juízes e desembargadores), o impacto nos cofres públicos será de aproximadamente R$ 5 milhões por mês. Somente os deputados custarão R$ 60 mil mensais.
A votação foi decidida por seis votos a três, apesar de as lideranças dos partidos terem aconselhado seus deputados a votar contra. A proposta foi rejeitada pelo presidente da Assembléia, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e pelos deputados André Siciliano (PT) e Pedro Fernandes (PFL) -Fernandes havia decidido há cerca de um mês como presidente interino da Alerj pela aprovação de auxílio-moradia de R$ 2.500, mas Cabral pediu a ele que voltasse atrás. O líder do PDT, Carlos Correia, e o líder do PT, Paulo Pinheiro, vão entrar com recurso na presidência da Assembléia pedindo que a parcela remuneratória seja votada em plenário. A decisão será tomada pela procuradoria da Alerj.
Ontem, os que votaram a favor do aumento foram os deputados Hernani Boldrim (PPB), Jorge Picciani (PMDB), José Cláudio (PMDB), José Távora (PDT), Armando José (PFL) e Heraldo Macedo (PMDB), que representava Geraldo Moreira (PDT), ausente devido a problemas de saúde.
O presidente interino do PPB, deputado Carlos Dias, vai entrar com um recurso na Comissão de Ética do partido contra Boldrim.
Heraldo Macedo justificou seu voto queixando-se do atual salário. "Eu tenho várias dívidas. Meu salário não é suficiente para meu padrão de vida." Nota do procurador-geral de Justiça em exercício, Hugo Jerke, diz que os membros do MP não irão receber "auxílio-moradia, mas sim a parcela autônoma de equivalência".


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