|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RIO DE JANEIRO
O aumento salarial de R$ 1.125, que já será pago em agosto, custará R$ 5 milhões aos cofres públicos
Deputados aprovam auxílio-moradia
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A Mesa Diretora da Assembléia
Legislativa do Rio aprovou ontem
um auxílio-moradia que representará um acréscimo de R$ 1.125
nos salários dos deputados estaduais, hoje de R$ 6.000. O aumento já será incorporado aos vencimentos de agosto. Aprovada a
chamada "parcela remuneratória", juízes, promotores e procuradores também terão direito ao
aumento salarial, uma vez que
seus rendimentos são ajustados
de acordo com o critério de isonomia. A decisão não depende da
sanção do governador.
Somados os gastos com parlamentares (70 deputados) e com o
Judiciário (1.162 promotores e
procuradores, além de 1.110 juízes
e desembargadores), o impacto
nos cofres públicos será de aproximadamente R$ 5 milhões por
mês. Somente os deputados custarão R$ 60 mil mensais.
A votação foi decidida por seis
votos a três, apesar de as lideranças dos partidos terem aconselhado seus deputados a votar contra.
A proposta foi rejeitada pelo presidente da Assembléia, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e pelos deputados André Siciliano (PT) e Pedro Fernandes (PFL) -Fernandes havia decidido há cerca de um
mês como presidente interino da
Alerj pela aprovação de auxílio-moradia de R$ 2.500, mas Cabral
pediu a ele que voltasse atrás. O líder do PDT, Carlos Correia, e o líder do PT, Paulo Pinheiro, vão entrar com recurso na presidência
da Assembléia pedindo que a parcela remuneratória seja votada
em plenário. A decisão será tomada pela procuradoria da Alerj.
Ontem, os que votaram a favor
do aumento foram os deputados
Hernani Boldrim (PPB), Jorge
Picciani (PMDB), José Cláudio
(PMDB), José Távora (PDT), Armando José (PFL) e Heraldo Macedo (PMDB), que representava
Geraldo Moreira (PDT), ausente
devido a problemas de saúde.
O presidente interino do PPB,
deputado Carlos Dias, vai entrar
com um recurso na Comissão de
Ética do partido contra Boldrim.
Heraldo Macedo justificou seu
voto queixando-se do atual salário. "Eu tenho várias dívidas. Meu
salário não é suficiente para meu
padrão de vida." Nota do procurador-geral de Justiça em exercício, Hugo Jerke, diz que os membros do MP não irão receber "auxílio-moradia, mas sim a parcela
autônoma de equivalência".
Texto Anterior: M.F. do Nascimento Brito deixa "Jornal do Brasil" Próximo Texto: Corumbiara: Defesa de PMs diz que não tem provas Índice
|