|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RONDÔNIA
Parlamentares teriam pedido propina para o governador, segundo fita
Relator pede cassação de 6 deputados
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
O relator da Comissão Especial
Temporária da Assembléia Legislativa de Rondônia, Edézio Martelli (afastado do PT), apresentou
ontem um relatório no qual pede
a cassação de seis deputados por
quebra de decoro parlamentar.
O deputado Emílio Paulista
(sem partido) renunciou ao mandato na manhã de ontem, antes da
divulgação do relatório, e ficou de
fora da lista apresentada.
A comissão sugeriu a cassação
dos deputados Ronilton Capixaba (PL), Ellen Ruth (PP), Daniel
Neri (PMDB), João da Muleta
(PMDB), Amarildo de Almeida
(afastado do PDT) e Kaká Mendonça (PTB).
Os seis parlamentares, além de
Paulista, já tinham sido afastados
temporariamente da Assembléia
Legislativa depois da divulgação
de fitas de vídeo nas quais o grupo
aparecia em conversas com o governador de Rondônia, Ivo Cassol
(sem partido), supostamente negociando o pagamento de propinas em troca de apoio político a
seus projetos no Legislativo.
O relatório da comissão será
agora encaminhado ao presidente
da Assembléia Legislativa, Carlão
de Oliveira (sem partido), que deve determinar a instauração de
uma comissão para iniciar o processo de cassação dos seis deputados. Após a criação da comissão,
os seis acusados de quebra de decoro terão um prazo de 60 dias
para apresentar suas defesas.
Apreensão
A divulgação das conversas de
Cassol com parlamentares da Assembléia, em maio, instaurou
uma crise política no Estado.
No mês de junho, a Polícia Federal cumpriu mandado judicial
de busca e apreensão na casa do
governador e apreendeu fitas de
vídeo e materiais usados para filmar as conversas entre os parlamentares e o governador.
Ainda no mês de junho, o site
Rondônia Agora e a TV Bandeirantes divulgaram uma reportagem com imagens do governador
aparentemente oferecendo dinheiro a um deputado em troca
de apoio político.
Cassol é investigado pelo STJ
(Superior Tribunal de Justiça) sob
a acusação de ter praticado fraudes em licitações quando era prefeito do município de Rolim de
Moura. O governador de Rondônia, que na época da divulgação
das primeiras fitas era membro
do PSDB, pediu o desligamento
do partido para evitar uma possível expulsão da Executiva Nacional tucana.
Texto Anterior: Visão da igreja: País está na UTI, afirma arcebispo Próximo Texto: Toda mídia - Nelson de Sá: Lula e Nossa Senhora Índice
|