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DISTRITO FEDERAL
Governador e candidato à reeleição afirma em programa eleitoral que dará cheques de R$ 100 e vale-gás de R$ 30
Procurador investiga promessas de Roriz
SANDRO LIMA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A promessa de distribuir cheques no valor de R$ 100 e vale-gás
de R$ 30 para 130 mil famílias feita
pelo governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), candidato à reeleição, no horário eleitoral gratuito, levou o Ministério
Público a apurar o caso.
A promessa também tem sido
feita por meio de panfletos. Com
formato semelhante ao de um
cheque, o panfleto traz a foto e o
número do candidato e um texto:
"No próximo governo do Roriz,
além da cesta básica, você vai receber o cheque-família no valor
de R$ 100 para você usar como
quiser ou como precisar".
O procurador Franklin Rodrigues pediu à Polícia Federal para
recolher alguns desses panfletos
para serem utilizados como prova
caso seja constatada a prática de
troca de vantagens por votos.
Só com o cheque, o gasto mensal seria de mais de R$ 13 milhões
e com o gás mais R$ 390 mil. Por
ano, os dois benefícios custariam
pouco mais de R$ 160 milhões.
De acordo com a propaganda
no horário eleitoral, a medida
equivale a 1% do Orçamento. A
assessoria do governador informou que a proposta é factível.
A Procuradoria Eleitoral entrou
com uma ação no TRE-DF contra
Roriz por uso indevido da máquina do governo em favor da sua
candidatura à reeleição.
Roriz teria prometido doar lotes
a eleitores durante comício. Na
semana passada, ele foi acusado
de ter prometido lotes a um grupo
de associações de sem-teto e a regularização de uma invasão.
Anteontem, a 2ª Vara de Fazenda Pública proibiu Roriz de continuar distribuindo lotes de terra. A
proibição foi motivada por um
pedido do Ministério Público. Roriz informou que vai recorrer.
Ontem, a Câmara Legislativa do
DF instalou a CPI da Grilagem para apurar denúncias que envolvem tanto Roriz quanto Geraldo
Magela (PT), que também disputa o segundo turno.
Roriz será investigado devido a
supostas ligações que teria com o
empresário Pedro Passos, eleito
deputado distrital pelo PSD e acusado de grilar uma área em um
bairro nobre de Brasília. Em uma
fita gravada pela PF com autorização judicial, Passos pediu a Roriz
que a Terracap (empresa que administra as terras públicas em
Brasília) não interferisse na instalação do condomínio. Roriz nega.
A denúncia contra Magela envolve um ex-funcionário dele
acusado de ter recebido R$ 330
mil em 1996 para ajudar a aprovar
a regularização de um condomínio. Magela, que na época era presidente da Câmara, disse que a
acusação é uma "armação".
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