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PFL rejeita lobbies do "lixo" e da "luz"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pefelistas e tucanos do Senado
-especialmente os primeiros-
rejeitam duas propostas incluídas
na reforma tributária graças ao
lobby dos prefeitos de capitais e
cidades maiores: a criação das
contribuições para a limpeza urbana, no lugar das taxas atuais, e a
autorização para cobrar nas contas de luz contribuições proporcionais ao consumo para a iluminação pública.
As duas regras, que não constavam do projeto original, foram
aprovadas pela Câmara sob protesto dos oposicionistas. Ambas
atendem aos interesses da principal prefeitura petista, a de São
Paulo, onde Marta Suplicy enfrenta questionamentos judiciais
em relação à cobrança de taxas
municipais.
O presidente do PFL, senador
Jorge Bornhausen (SC), autor da
emenda que suprime da reforma
a contribuição para a limpeza urbana, diz que não há relação entre
a ação do partido e as disputas políticas. "Como senador, estou
preocupado com o cidadão, não
com a "Martaxa"."
Segundo sua argumentação, a
taxa de limpeza já está atualmente
embutida no IPTU, tributo municipal sobre os imóveis urbanos.
"Isso [a contribuição com o mesmo fim] é bitributação", afirma.
Impacto na produção
No caso da contribuição para
iluminação pública nas contas de
luz, Bornhausen questiona o impacto para o setor produtivo.
"Imagine uma siderúrgica."
Por esse raciocínio, a regra
aprovada pela Câmara elevará os
custos das empresas e, consequentemente, dos produtos.
O PSDB também pretende, em
seu projeto de reforma, suprimir
as propostas para as contribuições municipais, mas não tratou
do tema na entrevista convocada
para anunciar as idéias do partido
nem o incluiu no documento divulgado ontem.
Segundo o economista José Roberto Afonso, que assessorou o
partido na elaboração do projeto
alternativo, pretende-se redefinir
o modelo tributário nacional, incluindo o conceito das taxas municipais. A contribuição sobre iluminação pública, segundo Afonso, é motivo de queixas entre os
próprios prefeitos.
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