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CONTAS PÚBLICAS
Senadores não poderão relatar pedidos de seus Estados
Senado torna mais rigorosa a
rolagem de dívidas estaduais
da Sucursal de Brasília
Os líderes governistas e da oposição fizeram acordo no Senado ontem para tornar mais rigorosa as
renegociação de dívidas estaduais.
O Senado analisa quase todas as
operações de endividamento dos
Estados. Com a CPI dos Precatórios, que descobriu fraudes nessas
operações, definiu-se a necessidade de moralizar o procedimento.
Foi decidido que a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), ao
analisar pedidos de rolagem de dívida, de novos financiamentos ou
de aval para empréstimos externos, vai convocar os secretários da
área econômica dos Estados.
Ao apurar a capacidade de endividamento de cada Estado, a CAE
não se limitará mais a analisar relatórios do BC. Serão convocados
técnicos do BC para explicações.
Se o pedido exigir aval da União,
a CAE deverá ouvir técnicos da Secretaria do Tesouro Nacional.
Acaba ainda outra praxe que favorece o tratamento político das
rolagens: a escolha de senadores
do próprio Estado envolvido para
relatar as matérias. O presidente
da CAE deve distribuir os pedidos
a senadores de outros Estados.
São Paulo
O senador José Serra (PSDB-SP)
disse que a renegociação da dívida
paulista, em análise no Senado, vai
incluir os títulos emitidos no governo Fleury para pagamento de
precatórios (dívidas judiciais),
mas usados para outros fins.
O acordo para a votação na CCJ
do Senado foi fechado ontem. Até
então, a pendência quanto aos títulos, de cerca de R$ 1,7 bilhão, vinha atrasando a rolagem da dívida.
Segundo Serra, concluiu-se que
não há ilegalidade em incluir a
parcela da dívida formada pelos títulos relacionados a precatórios.
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