São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FHC cita a alta do dólar paralelo



DO ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

DA FOLHA ONLINE

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que achou "fantástico" e viu como "um dado positivo" a alta do dólar no mercado paralelo. Ele considerou a alta um resultado da aprovação, pelo Congresso, do projeto que permite à Receita Federal a quebra do sigilo bancário.
"Essa alta mostra que a lei aprovada é boa, porque tem gente que está com medo de não poder mais sonegar", afirmou FHC, durante entrevista coletiva de encerramento da 19ª reunião de cúpula do Mercosul, em Florianópolis.
Em São Paulo, o dólar paralelo subiu 0,92% ontem, passando a R$ 2,16 para a compra e R$ 2,19 para a venda. Essa é a maior taxa da moeda no mercado negro neste ano e representa ágio de 11% sobre o dólar comercial no mercado interbancário (R$ 1,967).
FHC disse ser necessário prestar atenção que a alta se deu "no dólar do mercado negro". "Não foi o dólar (oficial) que disparou. E, o dólar no mercado negro, ele sobe e desce depois", completou.
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, que assistia à entrevista de FHC no salão principal, disse que o dólar em alta era "o de transações ilegais e não o dólar de 99% das transações oficias do país".
Segundo analistas do mercado e operadores de casas de câmbio, pessoas e empresas com "negócios ilícitos" estariam aproveitando para remeter recursos para o exterior. Outras pessoas, porém, atribuem a pressão sobre as cotações do dólar às viagens e às compras de final de ano.


Texto Anterior: Quebra de sigilo: Para STJ, Justiça pode virar "bode expiatório" do mínimo
Próximo Texto: Grafite
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.