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MINISTÉRIOS
Apenas versão otimista será divulgada na 5ª
Planalto esconde balanço do 1º ano com críticas a ministros fracos
KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Há dois balanços no Palácio do
Planalto sobre o primeiro ano do
governo Luiz Inácio Lula da Silva.
O oficial será divulgado na quinta,
numa linha otimista e de prestação de contas. O para consumo
interno de Lula é duro com áreas
dos ministérios. Algumas avaliadas como muito fracas. Outras,
como problemáticas.
Em cerimônia oficial no Palácio
do Planalto, Lula fará um pronunciamento público aos ministros às
10h. Deverá dizer que seu governo
conquistou "credibilidade" em
2003 não só perante o mercado financeiro internacional, mas também com empresários brasileiros.
Deverá falar que, apesar de não
poder cobrar muitos feitos devido
à herança do governo anterior, já
há resultados.
O presidente deverá abordar o
duro ajuste fiscal e monetário, dizendo que foi necessário para arrumar a casa para 2004.
Como tem feito publicamente,
Lula dirá que no ano que vem o
país crescerá para valer economicamente. Destacará a aprovação
das reformas da Previdência e tributária. Espera terminar a votação no Senado na quinta. Na sexta, estará no Congresso para promulgar as duas reformas.
Mas a parte ruim do balanço dificilmente virá a público na íntegra por iniciativa do governo. As
ações positivas serão editadas em
uma revista do governo federal.
A Folha apurou que na lista de
ministérios com bom desempenho estão Fazenda, Minas e Energia, Casa Civil, Comunicação de
Governo, Justiça, Previdência Social, Agricultura, Desenvolvimento, Integração Nacional, Turismo,
Saúde, Cultura, Trabalho e Relações Exteriores.
No balanço de quinta, serão citados como fatos positivos, por
exemplo, o controle da inflação
(Fazenda), economia nos gastos
com publicidade (Comunicação
de Governo) e a implantação do
Sistema Único de Segurança Pública (Justiça). Em conversas reservadas, Lula cita o ministro
Márcio Thomaz Bastos como
exemplo. Esteve à frente de uma
área complicada, mas fez condução hábil. Mais importante, diz
Lula, é que ele lidou com o aperto
sem reclamar em público.
Esse tipo de reclamação foi algo
que irritou o presidente ao longo
do ano. O ministro da Educação,
Cristovam Buarque, está na lista
de problemáticos, mas não muito
fracos, por ter pedido mais recursos publicamente. Também entram nessa lista os ministérios do
Desenvolvimento Agrário, do Esporte, do Planejamento e do Meio
Ambiente.
Na lista de ministérios muito
fracos estão Assistência e Promoção Social, Cidades, Ciência e Tecnologia e Transportes. São pastas
que a cúpula do governo avalia
como fracassos gerenciais.
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