São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 2006

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Câmara pede ajuda para fazer economia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Enquanto concede reajuste salarial de 91% para os 513 deputados, a Câmara economiza na relação com a população. Quem ligar para o serviço de atendimento ao cidadão da Casa de um telefone celular vai ouvir uma gravação e ser orientado a usar telefone fixo, que é mais barato.
"Por motivo de contenção de gastos, o Disque-Câmara não atenderá ligações feitas por telefones celulares. Por favor, retorne sua ligação por meio de um telefone fixo". Esse é um serviço de ligação gratuita (0800619619), inaugurado em 1998, que recebe críticas, sugestões, denúncias, elogios e presta informações sobre a Casa.
O corte nas despesas de custeio foi o principal argumento utilizado pelos parlamentares para minimizar a repercussão negativa da decisão.
Com os R$ 24,5 mil de salário, um deputado pode ser responsável por uma despesa mensal -dependendo da função que ocupa na Câmara e o seu Estado- de R$ 102,2 mil, já que é destinatário de outras verbas. Um senador pode ter gasto mensal de mais de R$ 146 mil.
No Senado, a cota postal varia de R$ 3.000 a R$ 66 mil por mês, de acordo com o número de eleitores do Estado. Os senadores têm crédito na agência dos Correios da Casa. Já na Câmara, a cota postal e telefônica é de R$ 4.268. Nos primeiros cinco meses deste ano, os deputados consumiram cerca de R$10,5 milhões em supostas despesas com combustível e lubrificantes.
Um senador tem direito a 19 funcionários em seu gabinete, o que corresponde a um custo médio de R$ 87 mil. (FK, LS e SN)


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