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INVESTIGAÇÃO
Procuradoria
pede operação
contra jogo em
casa de bingo
da Sucursal de Brasília
A Procuradoria da República
irá requisitar nesta semana à Polícia Federal uma operação nacional de apreensão de máquinas de
jogos eletrônicos instaladas em
casas de bingos.
Um ofício de 150 páginas será
encaminhado à Receita propondo uma devassa em empresas responsáveis pelos jogos eletrônicos.
Elas teriam envolvimento com a
máfia italiana e já seriam responsáveis pela distribuição de 20 mil
máquinas no país.
A procuradoria irá solicitar à
Justiça Federal a quebra dos sigilos bancários e telefônicos de 30
pessoas, inclusive ex-servidores
do Ministério do Esporte e Turismo, acusadas de favorecer as empresas envolvidas.
Segundo a procuradoria, a operação da PF irá se restringir às casas de bingos porque seu funcionamento é autorizado pelo governo federal, apesar de a maioria
operar na ilegalidade. As máquinas instaladas em panificadoras e
bares devem ser apreendidas pelas polícias estaduais.
O procurador da República
Luiz Francisco Fernandes de Souza disse que a operação foi requisitada para que a PF faça cumprir
o decreto presidencial, baixado
em outubro, proibindo o funcionamento dos jogos eletrônicos.
"O maior responsável pelo funcionamento dos jogos eletrônicos
é o ministro Rafael Greca (Esporte e Turismo) por não ter fiscais
para acompanhar o funcionamento das casas de bingos", disse.
A assessoria do ministro rebateu as críticas do procurador com
o argumento de que os jogos eletrônicos foram proibidos pelo decreto presidencial.
Além disso, disse a assessoria,
foram instauradas sindicâncias e
auditorias para apontar irregularidades atribuídas ao ex-diretor
do Indesp (Instituto Nacional do
Desenvolvimento do Desporto)
Luiz Antonio Buffara.
O ex-diretor é acusado de ter
ajudado a elaborar a portaria 23,
que estabeleceu o funcionamento
dos caça-níqueis sob o nome de
"máquinas eletrônicas programadas".
Ele também teria privilegiado o
atendimento de empresas supostamente ligadas à máfia italiana,
como a Neojuegos Administração e Fomentos, de Alejandro Ortiz Fernandes, filho de Alejandro
Ortiz Viveiros.
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