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São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 2003

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FUNCIONALISMO

Paralisação é para protestar contra atraso no pagamento dos salários

Servidores do Rio decidem parar hoje

DA SUCURSAL DO RIO

Servidores do governo do Estado do Rio decidiram em assembléia ontem iniciar uma greve geral a partir de hoje, por tempo indeterminado. Participaram da assembléia representantes de cerca de 30 categorias profissionais do funcionalismo estadual.
A adesão ao movimento, no entanto, dependerá de cada categoria, cujos profissionais deverão se reunir nos próximos dias. Entre os servidores que poderão aderir à greve estão policiais civis e militares e funcionários do Departamento do Sistema Penitenciário.
Os policiais civis aguardam uma reunião com o chefe da corporação, Álvaro Lins. Eles cogitam realizar uma "operação tartaruga" até o encontro, só atendendo a casos urgentes.
A greve é um protesto contra o atraso no pagamento do 13º salário. A assembléia ocorreu à tarde em frente ao TJ (Tribunal de Justiça). Participaram cerca de cem dos 460 mil funcionários do Estado. Após a assembléia, eles saíram em passeata pela avenida Rio Branco (centro) e realizaram um protesto na Cinelândia.
Ontem, duas greves foram iniciadas. Uma outra paralisação está marcada para começar hoje.
O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário decidiu em assembléia anteontem que entraria em greve ontem, por tempo indeterminado. Segundo o presidente do sindicato, Amarildo Silva, o objetivo é interromper o funcionamento dos 87 fóruns do Estado.
Apesar de um piquete ter tentado impedir a entrada de funcionários, a greve não atrapalhou o trâmite dos processos, segundo o TJ. O sindicato anunciou que 80% dos funcionários aderiram.
De manhã, funcionários da empresa Central do Brasil, antiga Flumitrens, entraram em greve por tempo indeterminado. A paralisação só afetou os trens Niterói-Visconde de Itaboraí e Saracuruna-Guapimirim, linhas de pouca circulação. O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência, que representa cerca de 40 mil servidores, anunciou a greve a partir de hoje.
A governadora Rosinha Matheus (PSB) não quis comentar a greve geral, mas anunciou que receberá lideranças na próxima semana para negociar. (SP)


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