São Paulo, quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

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Painel

VERA MAGALHÃES (interina) painel@uol.com.br

Índex do mosquito

Prefeitos, empresários e comerciantes fazem romaria ao Ministério da Saúde para tentar evitar que a pasta divulgue uma lista de municípios onde há risco de contaminação por febre amarela silvestre. Alheio aos apelos, o ministro José Gomes Temporão (Saúde) diz que a pasta está concluindo o levantamento e irá divulgá-lo. "Isso demonstra profunda ignorância, além de enorme falta de sensibilidade social", afirma.
Temporão reitera que não há surto de febre amarela e que todas as medidas estão sendo tomadas pelas autoridades. Diz que foi "pesquisar" e que em 2000 houve muito mais casos, com 26 mortes, e o então ministro José Serra teve de ir três vezes à TV para dizer que não havia risco de epidemia nem motivo para alarme.

Fora de casa. O Bio-Manguinhos, laboratório nacional responsável pela vacina de febre amarela, acaba de receber certificação para produzir vacina contra meningite AC, em parceria com Cuba. Os dois laboratórios vão fornecer vacina liofilizada (em pó) para a OMS enviar a países africanos com epidemia da doença.

Boa vizinhança 1. O PMDB pretende fazer aceno de que quer paz com Dilma Rousseff no comando do Ministério de Minas e Energia. O partido estuda indicar Márcio Zimmermann, hoje na área de planejamento da pasta, para a secretaria executiva.

Boa vizinhança 2. Engenheiro catarinense, Zimmermann é um técnico que agrada tanto ao PT quanto ao padrinho de Edison Lobão, o senador José Sarney (PMDB-AP). Na queda de Silas Rondeau, chegou a ser cotado para chefiar ministério.

Parou geral. Em meio a turbulências para acertar os cortes no Orçamento, o Congresso solicitou à Casa Civil a devolução do Plano Plurianual para o período 2008-2011, alegando erros. Isso atrasará a sanção presidencial ao projeto, que estabelece os investimentos prioritários.

Casa & Jardim. Depois de trocar mobília, comprar carros e até testar a qualidade do ar nos palácios da Alvorada e do Planalto, a Presidência destinou R$ 56 mil nos últimos dias para comprar flores tropicais e do campo.

Expertise. Levantamento conjunto de Unicamp, USP, Unesp e PUC-MG com 88 multinacionais entre 2006 e 2007 aponta a escassez de mão-de-obra qualificada como maior entrave para futuros investimentos em pesquisa no país nos próximos cinco anos. O problema é citado por 82% das empresas ouvidas.

Sem pressa. Em uma coisa José Serra e Geraldo Alckmin concordaram ontem sobre a sucessão paulista: o PSDB não tem por que correr para tomar uma decisão enquanto Marta Suplicy usa o tempo de que dispõe para estudar os adversários. A decisão, então, só sai depois do Carnaval.

Bodas. O PT vai aproveitar a festa de seu 28º aniversário, marcada para 13 de fevereiro, em Brasília, para comemorar os 25 anos de sua primeira vitória eleitoral: a prefeitura de Diadema, na Grande São Paulo. Lula confirmou presença.

Baixa temporada. Os petistas adiaram a reunião que dará posse ao novo Diretório Nacional do partido para 9 e 10 de fevereiro. A mudança se deve ao preço das passagens aéreas, muito alto em janeiro.

Raio-X. O TCE pediu à Assembléia paulista toda a documentação das obras de construção de seu novo prédio. A empreiteira CVP, que toca o serviço, doou dinheiro para a campanha de Rodrigo Garcia (DEM), ex-presidente da Casa e mentor da reforma.

Martelo. O PSOL chegou a acordo e decidiu lançar o deputado federal Ivan Valente para a disputa pela Prefeitura de São Paulo, com o deputado estadual Carlos Giannazi, que também pleiteava a cabeça de chapa, como o seu vice.

Tiroteio

Espero que o ministro Temporão não dê ouvidos aos palpites da colega e continue trabalhando, em vez de "relaxar e gozar".


Do líder do PSDB no Senado, ARTHUR VIRGÍLIO (AM), sobre as declarações da ministra do Turismo, Marta Suplicy, segundo as quais não há surto de febre amarela no país, e sim uma "epidemia de fofocas".

Contraponto

PhD

Ministros e líderes governistas se reuniram na semana passada para tratar dos cortes que terão de ser feitos no Orçamento por conta do fim da CPMF. Mais de 20 parlamentares participaram, e todos puderam falar.
-Temos de fazer como naquele samba: levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima -, aconselhou o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), se referindo à derrota sofrida pelo governo no Senado.
O ministro José Múcio, conhecido por tocar violão em rodas de samba e que tinha assumido a coordenação política pouco antes do episódio, não perdeu a piada:
-Ah, esse samba eu já conheço de cor!


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