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Padilha pretende processar ACM por acusações feitas em entrevista
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Eliseu Padilha
(Transportes) vai exigir que o senador Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA) esclareça, na Justiça, o
significado da expressão "quadrilha", usada pelo senador como
trocadilho com seu sobrenome.
Em entrevista à Folha publicada
ontem, ACM chama o ministro de
Eliseu "quadrilha" e diz que sua
pasta teria liberado recursos para
que parlamentares votassem em
Jader Barbalho (PMDB-PA) para
presidente do Senado.
Em nota oficial divulgada ontem, Padilha esclarece que já
constituiu advogado para que
ACM seja interpelado em juízo
sobre suas declarações.
Falando sobre mudanças ministeriais feitas pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, ACM
disse que "sobrou para o Eliseu
Padilha a pasta dos Transportes".
"Ou seria Eliseu "quadrilha'? Nunca sei direito. Acho que é "quadrilha" mesmo", disse ACM.
Na nota, Padilha diz que ACM
"procura colocar no seu nível
quem escolhe como desafeto ou
quem não se curva à sua vontade". Para o ministro, ACM "posa
de paladino da moralidade e defensor dos menos favorecidos,
negando a própria história, como
se desmemoriado fosse".
Padilha já havia respondido anteontem às acusações de ACM, dizendo que o senador está "visivelmente perturbado com as derrotas que vem sofrendo".
Jader evitou polemizar com
ACM e não respondeu a nenhuma das acusações feitas a ele.
O assessor especial da Presidência, Moreira Franco, resolveu não
comentar as declarações de ACM.
Na entrevista, o senador diz que
teria ouvido de FHC que Moreira
Franco não poderia ser nomeado
para um cargo porque não poderia ficar perto de "cofres".
A Folha procurou ontem o senador Pedro Piva (PSDB-SP), o
governador Neudo Campos
(PPB-RR) e o procurador-geral
da República, Geraldo Brindeiro,
também atacados por ACM, mas
eles não foram localizados.
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