São Paulo, Quarta-feira, 17 de Fevereiro de 1999
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Finor não consegue atingir meta

da Agência Folha, em Recife

Ao ser modificado em 91, o Finor tinha como meta tornar-se auto-sustentável até o ano que vem. Mas a meta está longe de ser atingida.
Basta verificar que dos R$ 451,8 milhões usados pelo Finor em 98, R$ 410 milhões foram repassados ao fundo pela Receita Federal, dinheiro proveniente de renúncia fiscal de Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas.
Isso mostra que apenas R$ 41 milhões retornaram ao fundo e que ele está longe de ser auto-suficiente. O Finor, na avaliação da Receita Federal, vai continuar sendo um peso para as finanças públicas.
Os principais motivos do baixo valor de retorno próprio do Finor estão na inadimplência dos empresários, que atinge 82%, e na baixa cotação das ações das empresas do fundo, que têm deságio médio de 94% nos pregões das Bolsas.
Pelo sistema criado para o Finor em 91, o fundo se alimentaria de recursos da venda ações das empresas e do pagamento, pelos empresários, dos debêntures (títulos) emitidos pelos empreendedores.
Pela fórmula, o Finor financia até 40% do investimento. Desse total, o empresário lança no mercado 70% em ações e 30% em debêntures, resgatáveis por ele após até três anos da conclusão do projeto.
Além da inadimplência e do deságio, o governo federal aprovou em maio de 98 uma moratória dos debêntures, permitindo que os empresários só voltem a quitar os títulos em meados de 2000, o que afastou o Finor ainda mais de sua meta de auto-sustentação. (AC)




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