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Finor não consegue atingir meta
da Agência Folha, em Recife
Ao ser modificado em 91, o Finor
tinha como meta tornar-se auto-sustentável até o ano que vem. Mas
a meta está longe de ser atingida.
Basta verificar que dos R$ 451,8
milhões usados pelo Finor em 98,
R$ 410 milhões foram repassados
ao fundo pela Receita Federal, dinheiro proveniente de renúncia
fiscal de Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas.
Isso mostra que apenas R$ 41 milhões retornaram ao fundo e que
ele está longe de ser auto-suficiente. O Finor, na avaliação da Receita
Federal, vai continuar sendo um
peso para as finanças públicas.
Os principais motivos do baixo
valor de retorno próprio do Finor
estão na inadimplência dos empresários, que atinge 82%, e na baixa cotação das ações das empresas
do fundo, que têm deságio médio
de 94% nos pregões das Bolsas.
Pelo sistema criado para o Finor
em 91, o fundo se alimentaria de
recursos da venda ações das empresas e do pagamento, pelos empresários, dos debêntures (títulos)
emitidos pelos empreendedores.
Pela fórmula, o Finor financia até
40% do investimento. Desse total,
o empresário lança no mercado
70% em ações e 30% em debêntures, resgatáveis por ele após até três
anos da conclusão do projeto.
Além da inadimplência e do deságio, o governo federal aprovou
em maio de 98 uma moratória dos
debêntures, permitindo que os
empresários só voltem a quitar os
títulos em meados de 2000, o que
afastou o Finor ainda mais de sua
meta de auto-sustentação.
(AC)
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